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domingo, 18 de fevereiro de 2018

Desvendando Nº 63: Haig Supreme


Whisky de pedigree ilustre pertencente à Diageo, o Haig é uma lembrança da mais velha família de destiladores da Escócia e vencedor de inúmeros prêmios ao longo dos anos. Em seus dias de glória, o Haig foi o whisky mais vendido do Reino Unido, mas agora é encontrado principalmente na Grécia, Alemanha, Ilhas Canárias, Coréia, EUA e México.

A empresa Haig pode rastrear a sua história até um certo John Haig, que se acredita começou a destilar produtos de sua fazenda em Throsk, Stirlingshire, em 1627. Os descendentes ligaram-se por casamento à família Stein, que, tinha notáveis destiladores, e, mais tarde, cosntruíram uma destilaria de grãos em Cameronbridge, Fife. Finalmente, em 1877, estavam entre os fundadores da Distilers Company, mas mantiveram operações independentes de blending até 1919.

A marca mais conhecida da empresa, o Dimple (ou Pinch nos EUA), foi lançada em 1890.

O que pude perceber:
Características: cor âmbar, pouco para médio corpo.
Aroma: terroso, malte, grãos, um pouquinho de álcool, chocolate ao leite, amanteigado, baunilha, gramíneas, um tom herbal, amadeirado. Com o whisky descansando no copo alguns minutos, a percepção do álcool diminui bastante. Não senti fumaça de início. Também não é um whisky doce, é mais para especiarias com um pouco de passas, de forma bem equilibrada. Nenhum aroma se sobressai. Com um pouco de água o álcool some, prevalece um aroma herbal, a madeira do carvalho aparece um pouco mais, fica menos apimentado. Novamente aromas bem equilibrados, sem sobreposição. Ainda sem sinais de fumaça. Com uma pedra de gelo a fumaça apareceu. O defumado agora ficou evidente. Só não toma conta do aroma porque os whiskies de grãos agora é que mandam. Ficou um whisky mais fresco. Aparece um frutado, uma mistura de banana e abacaxi. O álcool definitivamente some, sem nenhum traço. Aparece uma nota de couro.
Paladar: madeira, cereais, chocolate branco, um toque de especiarias, terroso. Carvalho, baunilha, herbal e finaliza de uma forma apimentada, esquentando a boca. O álcool é bem pouco perceptível. A água evidencia mais os whiskies de grãos, a madeira de carvalho e, agora, no finalzinho, mas bem sutil, um defumado. Esta nota de defumado, se não estiver bem concentrado, passa batida, quase imperceptível. Aparecem cereais e uvas passas. Desta vez não esquenta a boca como quando experimentado puro. Com uma pedra de gelo, ao contrário do que foi sentido no aroma, primeiramente sente-se o gosto de malte para então seguir o gosto de grãos. Em seguida vem o defumado, um pouco do amadeirado e o frutado logo atrás. A picância diminui um pouco e a finalização é defumada, persistindo por mais tempo agora.

Whisky da mesma família que produz o Dimple que eu havia considerado um excelente blend. Este não fica atrás, mas deve ser comparado dentro de sua categoria, a dos whiskies standard. É para ser apreciado sem pretensão e posso dizer que para mim funcionou melhor com gelo. A adição de uma pedra de gelo quebrou a supremacia dos whiskies de grãos, deixando que o malte aparecesse e evidenciando a finalização defumada.

Ótima alternativa entre os standards uma vez que nesta bebida o álcool não é tão evidente. Só não é tão fácil de encontrar.




Haig Supreme

Blend Teor Alc 40%

Blend que leva em sua composição cerca de 20 whiskies envelhecidos na sua maioria entre 5 e 8 anos. Vencedor de várias premiações em sua categoria incluindo Ultimate Spirits Challenge e San Francisco World Spirits Competition. 

sábado, 27 de janeiro de 2018

Desvendando nº 60: Dimple 15 Anos


O Dimple foi lançado com sucesso notável em 1890 e seu blend possui mais de 30 whiskies, incluindo alguns raros das reservas colecionadas pela Diageo dos maltes Highland mais envelhecidos. Apesar de sua história longa e distinta, a marca quase nunca é vista no reino Unido. É vendida principalmente na Coréia, Grécia, Alemanha, EUA e México.

John Haig deu início às atividades da família no ramo das bebidas em 1627. Há registros de destilação na fazenda da família datando desse ano. A família Haig foi unida pelo matrimônio à família Stein, que também trabalhava com bebidas e fundou uma grande destilaria de grãos em Cameronbridge, em atividade até hoje.

A garrafa característica dessa marca deluxe foi introduzida por George Ogilvy Haig em 1893 e se destaca pela rede de arame colocada à mão em volta da garrafa, projetada para evitar que a rolha se soltasse em climas quentes ou durante transporte marítimo.


O decantador singular de três lados amassados foi a primeira garrafa de três lados registrada como marca nos EUA, embora a empresa só tenha feito o pedido de registro em 1958. Neste mercado, o whisky é vendido com o nome de Pinch.

O que pude perceber:
Características: cor dourada, médio corpo.
Aroma: malte, caramelo, baunilha, um pouco de whiskies de grãos, mas bem no fundo, quase imperceptível. Diria até que há uma proporção maior de whiskies de malte do que whiskies de grãos neste whisky. Amêndoas, uvas passas e um ligeiro amadeirado. Há um pouco de condimento, de especiarias, um leve apimentado. Frutado e floral se misturam e dá para sentir algo de gramíneas. Não há a percepção de álcool. Aroma bastante agradável. Sente-se também um pouco de chocolate ao leite. Com um pouco de água os aromas evidenciados são malte, baunilha, chocolate e amadeirado. Em seguida, frutas, passas e especiarias. Nada de álcool e nada de defumado. Há uma profusão de aromas, vários aparecendo ao mesmo tempo e ainda assim, de uma forma bem equilibrada. Aparece também um toque herbal, algo como grama molhada. Com uma pedra de gelo um pouco de defumado, menta e terra molhada. Malte fresco. Os cereais somem. Frutas frescas, chocolate e baunilha.
Paladar: amêndoas, malte, apimentado. O calor preenche a boca. Depois vem um frutado, de frutas secas. Há um floral, um pouco de cereais. Novamente não há o álcool. O calor e o pouco de dormência sentido na boca provém das especiarias. A finalização é média e quente. Com um pouco de água ficou mais suave, mais frutado, agora puxando um pouco para frutas cítricas, maçã e pera também. Aparece um leve apimentado e desta vez, um toque defumado é sentido, na finalização, como que fazendo um fundo. Tudo muito harmonizado. Também nada de álcool é sentido. Por fim, aparecem um pouco de whiskies de grãos para dar um tom um pouquinho amargo, mas nada que prejudique a bebida. Com uma pedra de gelo, baunilha, chocolate ao leite e especiarias. Um toque defumado no final, que agora está mais curto.


Eu diria que é um whisky que atende a todos os requisitos de aromas e sabores esperados para uma bebida envelhecida por 15 anos. Surpreende como faz isso de forma bem equilibrada, sem nenhuma nota se sobressaindo sobre outra. Bastante agradável e fácil de beber das três formas apresentadas: puro, com água e com gelo. Neste whisky, há uma proporção maior de whiskies de malte do que whiskies de grãos, o que deixa a bebida com um sabor melhor apurado.

Há tempos ouvia falar sobre este whisky e todas as referências que eu consultava falavam muito bem dele. O que me fazia pensar: será que é isso tudo mesmo? A resposta: é um whisky muito agradável, bem equilibrado e complexo. Por outro lado, fácil de beber e muito prazeroso. Então, é.

Se fosse um pouco mais barato seria um ótimo companheiro para o dia a dia. Porém seu preço não está nada convidativo. Uma pena.




Dimple 15 Anos

Blend Teor Alc 40%


Neste blend há toques defumados, de chocolate e cacau, completados com um final longo e rico.