Whisky de pedigree
ilustre pertencente à Diageo, o Haig é uma lembrança da mais velha
família de destiladores da Escócia e vencedor de inúmeros prêmios
ao longo dos anos. Em seus dias de glória, o Haig foi o whisky mais
vendido do Reino Unido, mas agora é encontrado principalmente na
Grécia, Alemanha, Ilhas Canárias, Coréia, EUA e México.
A empresa Haig pode
rastrear a sua história até um certo John Haig, que se acredita
começou a destilar produtos de sua fazenda em Throsk, Stirlingshire,
em 1627. Os descendentes ligaram-se por casamento à família Stein,
que, tinha notáveis destiladores, e, mais tarde, cosntruíram uma
destilaria de grãos em Cameronbridge, Fife. Finalmente, em 1877,
estavam entre os fundadores da Distilers Company, mas mantiveram
operações independentes de blending até 1919.
A marca mais conhecida da
empresa, o Dimple (ou Pinch nos EUA), foi lançada em 1890.
O que pude perceber:
Características: cor
âmbar, pouco para médio corpo.
Aroma: terroso, malte,
grãos, um pouquinho de álcool, chocolate ao leite, amanteigado,
baunilha, gramíneas, um tom herbal, amadeirado. Com o whisky
descansando no copo alguns minutos, a percepção do álcool diminui
bastante. Não senti fumaça de início. Também não é um whisky
doce, é mais para especiarias com um pouco de passas, de forma bem
equilibrada. Nenhum aroma se sobressai. Com um pouco de água o
álcool some, prevalece um aroma herbal, a madeira do carvalho
aparece um pouco mais, fica menos apimentado. Novamente aromas bem
equilibrados, sem sobreposição. Ainda sem sinais de fumaça. Com uma
pedra de gelo a fumaça apareceu. O defumado agora ficou evidente. Só
não toma conta do aroma porque os whiskies de grãos agora é que
mandam. Ficou um whisky mais fresco. Aparece um frutado, uma mistura
de banana e abacaxi. O álcool definitivamente some, sem nenhum
traço. Aparece uma nota de couro.
Paladar: madeira,
cereais, chocolate branco, um toque de especiarias, terroso.
Carvalho, baunilha, herbal e finaliza de uma forma apimentada,
esquentando a boca. O álcool é bem pouco perceptível. A água
evidencia mais os whiskies de grãos, a madeira de carvalho e, agora,
no finalzinho, mas bem sutil, um defumado. Esta nota de defumado, se
não estiver bem concentrado, passa batida, quase imperceptível.
Aparecem cereais e uvas passas. Desta vez não esquenta a boca como
quando experimentado puro. Com uma pedra de gelo, ao contrário do
que foi sentido no aroma, primeiramente sente-se o gosto de malte
para então seguir o gosto de grãos. Em seguida vem o defumado, um
pouco do amadeirado e o frutado logo atrás. A picância diminui um
pouco e a finalização é defumada, persistindo por mais tempo
agora.
Whisky da mesma família
que produz o Dimple que eu havia considerado um excelente blend. Este
não fica atrás, mas deve ser comparado dentro de sua categoria, a
dos whiskies standard. É para ser apreciado sem pretensão e posso
dizer que para mim funcionou melhor com gelo. A adição de uma pedra
de gelo quebrou a supremacia dos whiskies de grãos, deixando que o
malte aparecesse e evidenciando a finalização defumada.
Ótima alternativa entre
os standards uma vez que nesta bebida o álcool não é tão
evidente. Só não é tão fácil de encontrar.
Blend Teor Alc 40%
Blend que leva em sua
composição cerca de 20 whiskies envelhecidos na sua maioria entre 5
e 8 anos. Vencedor de várias premiações em sua categoria incluindo
Ultimate Spirits Challenge e San Francisco World Spirits Competition.