O malte whisky, ou
simplesmente malte, é produzido apenas com cereais maltados (na Escócia, sempre
a cevada) em alambiques tradicionais de cobre. Um single malt é um whisky
proveniente de uma única destilaria.
Os single malts são
responsáveis pelo recente interesse mundial por whiskies e estão ganhando cada
vez mais espaço entre jovens de ambos os sexos em mercados maduros como a
Grã-Bretanha, os Estados Unidos e o Japão, onde a tendência crescente é beber
menos e saborear mais. As características que fazem essa bebida ser considerada
difícil (a complexidade e a unicidade) são precisamente o que interessa a esse
novo público.
Quando as pequenas
destilarias escocesas começaram sua fabricação no século XV, o malte whisky era
o único tipo disponível, e era quase todo consumido localmente. Era o whisky
escocês original. Este whisky era muito diferente do malte que conhecemos hoje.
A bebida não era maturada em barris de carvalho e sim tomada quase quente,
diretamente do alambique. A bebida então ganhou
fama e sua produção foi ampliada. Pequenos barris eram transportados
ilegalmente no lombo de burros, por estradas secretas, para cidades vizinhas.
Porém, em meados do
século XIX, tornou-se mais comum vender os blends (ainda iremos falar sobre
eles). A invenção do destilador contínuo no século XIX gerou transformações
importantes no whisky. Tal fato levou ao desenvolvimento do blended whisky que acabou
virando sucesso internacional e quase ofuscou a categoria do whisky single
malt, do qual praticamente não se falava mais. Somente em 1963, quando a
William Grant & Sons decidiu promover separadamente o Glenfiddich, seu
single malt, o interesse em whiskies não misturados foi despertado. Desde
então, essa fatia do mercado cresceu vertiginosamente. Hoje podemos
encontrá-los feitos em diversas partes do mundo, incluindo quase cada uma das
cerca de 90 destilarias de malte em atividade na Escócia. Porém, vale ressaltar
que os single malts representam apenas 9% das vendas mundiais.
A produção do destilado
mudou pouco nos anos seguintes, e os single malts ainda são fabricados em
destilarias pequenas e com as técnicas tradicionais, aperfeiçoadas com o tempo.
O whisky não é mais consumido diretamente do alambique, agora passa por anos de
um cuidadoso processo de maturação em tonéis de carvalho, para ser curtido e
adquirir a cor e os sabores da madeira.
Por lei, um single malt
deve vir apenas de uma única destilaria e, para proteger a categoria, a
indústria do whisky escocês tornou ilegal o uso de termos que possam causar
enganos, como “Puro Malt”. Hoje em dia, qualquer “vatting” de maltes de
destilarias diferentes deve ser chamado de blended malt. Notem bem a diferença:
destilarias diferentes, “blended malt”, mesma destilaria, “single malt”. Isto
porque a mistura de maltes diferentes de uma mesma destilaria continua sendo um
single malt.
Toda essa polêmica envolvendo
denominações demonstra a seriedade e o cuidado que a indústria escocesa de
whisky toma para manter a bebida na mais alta qualidade e credibilidade. E no
caso do single malt, há uma história emblemática, conhecida como “Caso Cardhu”.
Em 2002, a Diageo
percebeu que as vendas de sua marca Cardhu, single malt, em países como França,
Espanha e Grécia cresceram tanto que não haveria estoque suficiente para
atender toda a demanda e ainda, atender a contribuição do Cardhu na composição
do blended Johnnie Walker. Diante disso, a Diageo resolveu misturar Cardhu com
outros single malts e trocar as palavras no rótulo de Cardhu de “Single Malt”
para “Pure Malt”, criando com isso o que se chama de “Vatted”, porém escrito no
rótulo como “Pure Malt”.
William Grant, da
destilaria do Glenfiddich, declarou que a mudança afetaria a integridade e
autenticidade da indústria do single malt. O chefe executivo da Diageo se
recusou a mudar as decisões já tomadas.
Outras destilarias
através da SWA (Scotch Whisky Association) informaram à Diageo sobre a decepção
da decisão e foi solicitado que a Comissão Europeia investigasse o caso.
Em uma árdua reunião a
Diageo informou à SWA que mudaria a cor do rótulo do Cardhu para verde, para
ressaltar a mudança de Single Malt para Vatted Malt. A SWA aceitou, mas algumas
destilarias ainda reclamaram da aceitação. A Diageo informou que continuaria
com a mudança porque entendia que a indústria deveria inovar.
Após muita discussão,
em 2004, a Diageo retirou todas as mudanças feitas com Cardhu e reconheceu que
julgou mal todo o caso.
Agora, quando você
abrir sua garrafa de whisky, saberá que além de todo o processo criterioso da
destilaria há também toda uma legislação assegurando a qualidade do produto. E a cobrança das próprias destilarias.
Boas doses.
Leitura relacionada: Os diferentes tipos de whisky
Fontes: whisky, o livro do whisky, whisky de a a y, abcw.com.br
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