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sábado, 20 de janeiro de 2018

Desvendando nº 59: The Glenlivet Founder's Reserve


A suposta resistência local contra a Glenlivet ocorreu porque ela foi a primeira destilaria da área a adquirir uma licença, em 1824. A destilaria original ficava no alto do monte Gallow, na fazenda Upper Drumin. A família Smith havia arrendado a fábrica em 1783, e no início da década de 1810 ela estava sendo administrada por James Smith e seu sobrinho George. Esse fazendeiro granjeava a maior parte de sua renda com a destilação ilícita. No entanto, a aprovação do Excise Act de 1823 coincidiu com o término do arrendamento da Drumin, e, consequentemente, George foi convencido pelo capataz das propriedades a adquirir uma licença.


Seus vizinhos ficaram horrorizados, pensando que seu sustento estava ameaçado, e passaram então a recorrer a meios terroristas contra o pioneiro e sua família, chegando até a tentar queimar sua destilaria. George, então, andava sempre armado com um par de pistolas prontas para uso, mas conseguiu evitar incidentes. Hoje, essas armas estão em exibição no centro de visitantes da Glenlivet.

A Glenlivet de Smith prosperou. Por volta de 1880, se uma destilaria inserisse um “Glenlivet” em seu nome, não importa quão distante estivesse, podia pedir um preço maior. Uma longa ação judicial acabou por decidir que o Glenlivet de Smith podia ser chamado “The Glenlivet”, mas outros, incluindo o Glen Elgin e o Glen Moray, tinham apenas a permissão de usar um sufixo Glen-Livet, o que muitos fizeram até data relativamente recente.


A atual destilaria tem uma aparência quase brutal. Por dentro, é tão moderna quanto qualquer outra destilaria da Escócia. O whisky manteve algumas das características que lhe deram sua reputação no século XIX, é carregado de acentos de maçã e de flores. Responsável pelo malte mais vendido na América desde a década de 1970, a Glenlivet foi comprada pela Seagram's em 1978, e depois pela Chivas Brothers em 2001. Recentemente, a destilaria expandiu sua gama com um sublime malte de 18 anos, e tem explorado acabamentos em diferentes madeiras, lotes de safras especiais e de barril único. Possui a capacidade de produção de 10 milhões de litros de whisky por ano e é o segundo single malt mais vendido no mundo.

A Glenlivet usa cevada maltada não turfosa e sua água fria, sem sais, é extraída de Josie's Well acima da destilaria. Uma proporção de tonéis de xerez é usada para maturação, mas o xerez não domina o malte final. É muito utilizado nos blends Chivas Regal e Royal Salute.


O que pude perceber:
Características: palha dourada, pouco corpo.
Aroma: malte, baunilha, madeira, caramelo. Seco, terra molhada. Dá para sentir que é um whisky novo, não muito envelhecido, meio bruto ainda, faltando um pouco de trabalho nele para arredondar arestas. O álcool não é predominante, mas incomoda um pouco no final. Bastante floral, também uma nota herbácea pode ser percebida. Aromas de frutas também são notados. A adição de um pouco de água realça o aroma do malte, da baunilha, do floral e do caramelo. O álcool agora some dando a sensação de ter ficado mais sedoso.
Paladar: dá para perceber resquícios do cobre dos alambiques, talvez pelo pouco tempo de maturação a madeira não tenha conseguido retirar estes sabores. Frutado e amadeirado. Depois vem um doce, baunilha, caramelo. Em seguida, um pouco mais de frutas, pera e maçã, finalizando de forma bastante suave, seca, mas não muito longa. O álcool também aparece um pouco no final, com um pouco do sabor de malte. Com um pouco de água evidencia malte, frutas e baunilha. O final, desta vez, é amadeirado, suave e sem álcool.

Whisky que veio para substituir a versão de 12 anos da Glenlivet que, até então, era o carro-chefe da destilaria. Utiliza barris de carvalho branco americano de primeiro uso para tentar arredondar o sabor, além de barris de xerez com pouca influência. Apesar de ser um whisky honesto, na minha opinião não está à altura para esta substituição. Por outro lado, se não há o que fazer, temos que admitir que é um bom whisky de entrada para o mundo do single malt e irá agradar àqueles que querem adentrar este mundo. Para os mais experientes, espera-se sempre um pouco mais e este whisky pode parecer sem graça e ficar devendo.

Quando foi lançado, era um ótimo custo x benefício. Hoje os preços dispararam e não fazem dele uma boa opção em termos de custo.




The Glenlivet Founder's Reserve
Single Malt Speyside
40% Teor Alc


Aromas delicados de frutas cítricas, notavelmente laranjas doces. No paladar, doce, notas de laranjas e peras com um toque adocicado de maçã. Um bom balanço entre o sedoso e o cremoso.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

World Whisky Day: parte 1

No último dia 17 fui convidado para participar de uma degustação guiada pela embaixadora da Chivas no Brasil, Minjung Kim, promovida pelo bar Charles Edward em São Paulo.


O Bar Charles Edward é considerado o precursor do ‘Clube do Whisky’ e realizou degustação especial em comemoração ao Dia do Whisky, que este ano aconteceu no dia 20 de maio (terceiro sábado do mês).

A noite agradável teve como anfitriã a simpática e atenciosa Renata Faila que apresentou o bar e deixou os convidados à vontade. Minjung Kim contou um pouco da história de cada um dos três rótulos da marca Chivas apresentados, Chivas Regal 12 Anos, Chivas Regal Extra e Glenlivet Founder's Reserve. Além disso, houve harmonização com pratos da casa, que também levam a bebida em seu preparo.


Sobre o Charles Edward:

O Charles Edward, tradicional bar do Itaim Bibi, é referência na noite paulistana e mistura a atmosfera de pub com o espaço e o conforto de uma casa de shows. Com programação dançante de pop rock de terça a sábado, o local é frequentado por apreciadores da boa música e de serviço de qualidade. O bar também oferece mais de 50 rótulos para os sócios do famoso Clube do Whisky, que podem curtir sua garrafa percorrer o bar sendo transportada por um caminhãozinho suspenso em um cabo de aço. Detalhes da decoração marcam a tradição do Charles Edward, como a porta de madeira maciça de 1930, vinda de um casarão na Argentina, bem como as duas farmácias de 1906 que sempre abrigaram os litros de whisky dos clientes pertencentes ao Clube. Dois lustres de 1928, vindos de um cinema da cidade de Santos, e os três Bonecos de papel marché, entre eles o Gaspar, símbolo da casa, completam o estilo do Bar, agora situada no número 1.400 da Av. Juscelino Kubitschek.




Dados retirados do site da empresa: www.barcharles.com.br