Recomendado
por Ernest Hemingway, um homem que conhecia o que bebia, o Grand
Macnish tem uma longa história com origem em Glasgow, em 1863,
quando o merceeiro Robert McNish (mais tarde seria introduzido um “a” no nome da marca) passou a se dedicar ao blending. A empresa foi
conduzida por seus dois filhos, John e George, que expandiram os
negócios no auge do whisky, durante a década de 1890. As coisas se
tornaram difíceis depois da Primeira Guerra Mundial, e a família
vendeu a destilaria para a canadense Industrial Alcohol (mais tarde
seria a Corby Distilleries) em 1927.
Hoje a
Grand Macnish está de volta a Glasgow, sob a administração da
MacDuff International, que desenvolve um perfil internacional para a
marca e tem a inconfundível garrafa retrô com reentrâncias. Duas
expressões blended estão disponíveis: Grand Macnish Original, que
usa mais de 40 whiskies no blend, como Robert McNish fazia, e um 12
anos, descrito pela empresa como “mais maduro, frutado e com mais
malte”. A garrafa dá a Grand Macnish uma presença marcante na
prateleira, e o rótulo tem o lema do clã McNish: Forti nihil
difficile (Para o forte nada é difícil).
O que
pude perceber:
Características:
cor dourada, médio corpo.
Aroma: um
pouco de álcool perceptível, mas nada que incomode muito. Passado
este início, vem os aromas mais interessantes. Malte e grãos são
sentidos ao mesmo tempo, de forma bem equilibrada, um contrapondo-se
ao outro. Suave, um pouco de caramelo, amêndoas, um pouco seco, e só
então os cereais acabam tomando conta de tudo. Lembra um pouco
biscoito de maisena. Adicionando um pouco de água, faz destacar os
cereais. A presença do álcool some, deixando uma sensação de
crocância, de biscoitos. Com uma pedra de gelo, os cereais dão a
tônica no aroma, ficando mais evidentes. O álcool some. O adocicado
do caramelo volta um pouco mas não chega a fazer frente aos cereais.
Paladar:
cereais, biscoito, um pouquinho de malte. Leve dormência na boca.
Finalização bastante curta. Não há a presença de defumado. Com
um pouco de água, confirma a crocância, o abiscoitado, porém desta
vez aparece um leve amargor. A dormência na boca diminui, mas ainda
está presente. Com gelo, o gosto de azedo some, dando lugar a algo
que identifiquei como mentolado. O sabor foi melhorando à medida que
o gelo ia derretendo, ficando mais palatável.
A minha
versão deste whisky é uma edição comemorativa dos 150 anos da The
Robert Macnish Company. Achei um whisky bruto, que não faz
concessões. É um whisky pesado, simples, sem muita complexidade.
Não entrega muito em termos de sabor e gosto. Na verdade, o que
chama a atenção é sua garrafa em forma de diamante. É um daqueles
whiskies que compramos pelo apelo da embalagem, que é muito bonita.
Grand
Macnish Original
Blend
teor Alc 40%
Couro
antigo e frutas maduras que dão lugar a um aroma parecido com o de
conhaque. Notavelmente doce no palato, com influências fortes de
baunilha (madeira). Um final prolongado e evolutivo com um defumado
suave.
Boa tarde, Michel!!! Particularmente, achei esse whisky mais gostoso que o Johnnie Walker Red. Da marca Johnnie Walker, a partir do Black Label. Já com o Macnish, de fato pude perceber as características citadas por você. É um bom whisky; Não a melhor coisa, claro, mas é muito bom para se tomar ouvindo por exemplo, um Prog Rock!!
ResponderExcluirBoa noite Maurino Júnior. Para o Macnish um Prog Rock, já para o Red, um Hard Rock, hehe. Obrigado pela colaboração e continue acompanhando. Um abraço.
ResponderExcluirOi Michel!
ResponderExcluirSe for possível , prepara uma resenha sobre Grand Macnish-12-anos. Experimentei há uns anos atrás e gostei muito !
Um abraço .
Marcelo Ribeiro
Marcelo Carlos Ribeiro, está anotada a dica para um próximo review. Acompanhe. Um abraço.
ResponderExcluirBoa Michel!.
ResponderExcluirEsse foi um dos primeiros que comprei, faz muito tempo mesmo!
Mas para um garoto que que começou com Jonnie Red e Chivas 12 anos, esse whisky realmente é bruto, lembro-me que eu e meus irmãos tiramos a tarde para bebê-lo , foi meio difícil de descer!
Fabricio Pinho, muito legal quando o whisky nos traz lembranças. Ás vezes boas, outras, nem tanto, hehe. Um abraço e obrigado por compartilhar sua lembrança.
ResponderExcluirOpa, e aí Michel!
ResponderExcluirEsse tomei faz uns 4 anos atrás. Difícil de descer, mas com gelo deu pra quebrar. Lembro ainda que um primo colocou pedras de gelo de coco e estragou a dose rss
Comecei acompanhar a pouco o blog, sensacional! Nos últimos posts notei a ausência da sua explicação de diferença com água e com gelo, que pra mim é uma opinião diferenciada.
Abraço!
Olá Thiga, o gelo quebra muito bem vários whiskies. Eu comecei a retirar a análise com gelo quando o whisky em questão era um single malt, porque notei que o gelo mascara muitos aromas e sabores. E acabei esquecendo de voltar a colocar a análise com o gelo quando se tratava de um blend. Mas sua sugestão veio para lembrar disso. Aguarde as próximas análises. Um abraço.
ResponderExcluirEntre ele e o White horse, qual é o melhorzinho para tomar com gelo?
ResponderExcluirEu prefiro o White Horse.
ExcluirNa casa do meu sogro tem uma garrafa dessa fechada e uma do Dimple 12 anos. Estou bolando um plano para levar para minha casa. Kkkk
ResponderExcluirMelhor não se indispor com o sogrão. Convença-o a beberem juntos. Abraço.
ExcluirBoa tarde,comprei um hoje o de 8 anos a garrafa é muito bonita, mais tarde vou experimentar o conteúdo depois eu comento sobre o sabor.
ResponderExcluirCompartilhe conosco o que achou. Abraço.
Excluirmuito bom.. amanha vou tomar umas 2 doses dele.. recomendo
ResponderExcluir