Whisky

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domingo, 11 de maio de 2014

Os diferentes tipos de whisky

Do whisky escocês ao americano, o que faz dessa bebida sofisticada algo tão popular no mundo todo? Com suas diferenças, que vão da forma de escrever, em inglês whisky ou whiskey, abreviatura de usquebaugh a partir do termo gaélico uisge beatha. No Reino Unido (incluindo Escócia), Canadá e Japão chamada de “whisky”, enquanto que nos EUA e Irlanda é comumente chamado de “whiskey”. Ou até mesmo em português onde se escreve uísque. Seja lá como for chamado ou escrito, o whisky (na forma tradicional de se chamar) é uma bebida alcoólica destilada de grãos, muitas vezes incluindo malte, que foi envelhecido em barris.

De acordo com as regras estabelecidas pela Scotch Whisky Association, Scotch Whisky é definido como o destilado:
1. produzido e envelhecido na Escócia, a partir de água e cevada maltada, ou outros grãos inteiros de cereais, e fermentado unicamente pela adição de fermento;
2. que sai dos destiladores a, no máximo, 94,8% de ABV;
3. envelhecido por no mínimo 3 anos em barris de carvalho com capacidade máxima de 700 litros;
4. ao qual nenhuma substância pode ser adicionada, além de água para diluição ou xarope de caramelo, que serve apenas para homogeneizar a coloração final do produto; e
5. Engarrafado com no mínimo 40% de ABV.

Há vários tipos de whisky e as variações dependem da espécie e proporção de grãos utilizados e dos métodos empregados na fabricação. Cevada, milho, trigo e centeio são os grãos principais. As variações dos métodos que levam a classificações de whisky diferentes incluem o tipo de destilação (em porções ou contínua) e o processo e o tempo de maturação. Grande parte dos whiskies americanos é envelhecida em barris de carvalho virgens, enquanto os escoceses e irlandeses armazenam a bebida em barris usados.

Porém as diferenças não param por aí. Você já deve ter reparado, em se tratando dos rótulos do whisky escocês, existe uma grande variação. Assim como em qualquer outra bebida, o whisky escocês tem suas categorias e para isso nomenclaturas diferentes que foram definidas pela Scotch Whisky Association. São elas: Single Malt Scotch Whisky, Blended Malt Scotch Whisky, Blended Scotch Whisky, Single Grain Scotch Whisky e Blended Grain Scotch Whisky.

Já tinha reparado nisso? Sabe diferenciar uma da outra? Se a resposta foi não, vamos às características de cada uma: 

Single Malt, com registros históricos que datam de 1494, é 100% destilado de cevada maltada em destiladores do tipo alambique (pot stills), em uma única destilaria. É o tipo mais raro e caro de uísque. Existem cerca de 90 destilarias deste tipo em toda a Escócia e cada uma faz um produto diferente.


Já o Blended Malt é feito com uma mistura de dois ou mais whiskies single malt, provenientes de mais de uma destilaria. Até antes dessa nova nomenclatura, eles eram chamados de Vatted Malt Whisky, ou Pure Malt. Até pouco tempo atrás, tínhamos, como exemplo, o Johnnie Walker Green Label, um 15 anos da Diageo, resultante da mistura de single malts, dentre eles, quatro principais: Talisker, Linkwood, Cragganmore e Caol Ila.



Os Single Grain Scotch Whisky são whiskies produzidos de diversos grãos (podendo ou não conter cevada maltada na composição), porém sendo destilado em uma única destilaria. Pode, ainda, ser produzido com 100% de cevada maltada em uma única destilaria, desde que sejam usados destiladores contínuos, e não em alambiques. A grande diferença para os Single Malt está, então, no processo de destilação. Não é tão fácil encontra-los no mercado, já que a maior parte da produção é usada na fabricação de Blended whiskies.

Os Blended Grain Scotch Whisky, são feitos com uma mistura de dois ou mais whiskies single grain, provenientes de mais de uma destilaria. São raros de serem encontrados.

Mas a maioria dos whiskies que se tem no mercado são os Blended Scotch, que na sua composição traz diferentes whiskies de malte e grain whiskies. São compostos de, pelo menos, um Single Malt com ao menos um Single Grain. Normalmente os Blended whiskies são feitos com mais de 40 tipos diferentes de whiskies, na proporção de 40% de whiskies do tipo Single Malt e 60% de whiskies do tipo Single Grain. Os blends de luxo levam mais malte.

Segundo especialistas, o sucesso do whisky no mundo se deve justamente aos Blended Whiskies pois essa mistura com whisky de grãos não maltados dão uma certa leveza à bebida e assim agradando a maioria dos consumidores. Afinal, 92% do whisky vendido no mundo são de blended segundo a Scotch Whisky Association.


Fontes: revistamensch, singlemaltbrasil, o livro do whisky

15 comentários:

  1. Quero deixar uma observação feita pelo meu colega kdfukuyama do Clube do Whisky a respeito do Johnnie Walker Green Label: "...ele não é formado somente pelos 4 Single Malts citados, ele tem outros não especificados. Mas com certeza os Core Whiskies são os que você citou." Brilhante observação, então vamos lá: a base, ou seja, a composição básica deste blended malt são os single malt citados e eles estão especificados na caixa do whisky, estes não mudam, estarão sempre lá e são os malts que dão a identidade do whisky, porém, existem outros que não são mencionados e que também fazem parte da receita. Muitas vezes esta variação é fruto da oferta de malts no mercado ou da descontinuidade de produção de determinado produto. Aí cabe ao Master Blender obter sempre o mesmo sabor com os produtos que tem em mãos. Infelizmente a produção do Green Label foi descontinuada pela Diageo, dona da marca Johnnie Walker, porque está ficando cada vez mais difícil para a companhia manter blends com idade mínima de envelhecimento, pois seus estoques de whiskies mais velhos vem diminuindo consideravelmente à medida que crescem os mercados emergentes, como Brasil, China e Índia. Obrigado kdfukuyama pela colaboração.

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    1. Então sou um privilegiado por ter degustado o Green.
      (e é uma delícia mesmo).

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    2. E pode ficar mais feliz ainda Renato, porque o Green voltou a ser comercializado no Brasil. Pode sair e procurar. Um abraço.

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  2. O Green Label era o meu preferido da Diageo...uma pena ser retirado!!!!

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  3. SEGUNDO O DISTRIBUIDOR QUE ME ATENDE, O GREEN LABEL ESTARÁ VOLTANDO AO MERCADO.

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    1. Já está sendo vendido nas principais lojas de whisky. Um abraço.

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  4. Quais as diferenças entre as labels dos Johnnie Walkers?
    Obrigado.

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    1. Mc Eduardo, a diferença dos rótulos da JW, além do sabor, foram feitas para posicionar a marca no mercado. Hoje, basicamente temos o Red, Black, Double Black, Gold Reserve, Green e Blue à venda no mercado usual. Seus preços médios giram em torno de 80, 130, 170, 230, 270 e 800, respectivamente. Este é o posicionamento de mercado. Com relação às idades temos o Red, Double Black, Gold Reserve e Blue sem idade definida, ou seja, são whiskies NAS, aqueles que a empresa optou por não deixar claro sua idade, e temos o Black e o Green, com 12 e 15 anos respectivamente. Continue acompanhando. Um abraço.

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  5. acho que 40% de malte e 60% de graos ja foi um dia. hoje com a ambição das destilarias e com leis locais (Brasil) que facilitam a "batizagem" dos whiskys, facilita e muito a lucratividade.pois è... você compra um produto batizado pela própria destilaria.praticamente todos os estandards tem no maximo 25% de malte, sendo eu aqui, otimista,e o resto, é milho e ainda por cima transgênico.

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    1. cleverson augusto de almeida, seria interessante, mas duvido muito que aconteça, que os componentes dos blendeds fossem de conhecimento geral. Aliás, é uma luta encabeçada pela engarrafadora independente Compass Box. Acho que tudo ficaria mais transparente. Mas, enquanto isso, cabe a nós experimentar e definir o que melhor nos agrada. Um abraço.

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  6. mas apesar das declarações acima. não vou deixar de comprar o cachorro engarrafado. não desisto kkkkk vai que um dia acho uma marca seria que faça um blended standard com qualidade, enquanto isso vou procurando, ou parto para os single malt o que na realidade é uma seria opção que estou pensando em tomar.

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    1. Como disse acima, cabe a nós experimentar e definir o que melhor nos agrada. Quanto a sua ideia de partir para um single malt, acho que é o caminho natural de todo apreciador de whisky mas, assim como os blends, também devemos encontrar aquele que melhor atende ao nosso paladar. Até descobrir, ficamos com a árdua missão de experimentar um por um. Um abraço.

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