O
primeiro lançamento da Chivas após quase dez anos, quando lançou
sua expressão de 25 anos.
Criado
a partir de uma mistura excepcional de whiskies raros e envelhecido
em barris de sherry Oloroso da Espanha, é um blend único. O segredo
para o seu sabor encontra-se na rica doçura do sherry espanhol
reagindo com a madeira do barril. O resultado é um whisky que é
profundo no aroma, rico no sabor frutado e generoso na doçura. Para
os apreciadores exigentes, é uma experiência de sabor sem igual.
Quem
quiser saber mais sobre a Chivas, basta clicar aqui.
O
que pude perceber:
Aspecto:
cor âmbar médio, de médio corpo para encorpado.
Aroma:
o primeiro aroma que se nota quando se enche o copo é o de
ameixas. Porém, quando se aproxima o copo das narinas, o álcool é
que se pronuncia. Depois, confirma o aroma inicial sentido, de
ameixas desidratadas. As características dos tonéis de jerez também
são muito perceptíveis, tomando conta do aroma. Mesmo com o jerez
se sobressaindo, entregando algumas notas picantes como canela e uma
pitada de gengibre, dá para sentir também um certo adocicado, de
chocolate ao leite. A característica frutada também está presente.
Lembra um pouco de terra molhada. Com um pouco de água o aroma fica
mais seco, o álcool diminui, acentua as características do jerez e
permanece aquela sensação de terra molhada. O álcool agride menos
as narinas. Com uma pedra de gelo, o aroma fica mais refrescante,
mentolado mas, no geral, todas as notas se contraem, permanecendo as
características do jerez bem no fundo, quase em segundo plano.
Paladar:
seco, grãos, picante, quente. Confirma as ameixas, o frutado e
as características do jerez. Há uma leve nota de baunilha
juntamente com amêndoas. Deixa uma leve dormência na boca e
finaliza com especiarias. Com a água fica mais aveludado, mais
redondo, as notas dos whiskies de grãos somem dando lugar à
predominância do jerez com suas notas apimentadas, condimentadas. A
finalização continua quente e apimentada. A adição de uma pedra
de gelo muda quase que totalmente a bebida, fazendo com que as
especiarias deem lugar ao frutado, com um toque mentolado. A
finalização fica curta, desta vez não é quente, pelo contrário,
é refrescante, sem as especiarias, mas com o frutado.
É um
whisky bastante cremoso. Demorei um certo tempo para compreendê-lo.
Talvez por estar acostumado com o Chivas 12, com suas características
frutadas e doces, porém suaves. Este é contundente. Logo de cara
ele já surpreende com o aroma forte do jerez e o álcool
pronunciado, o que eu não esperava. Isso me chamou bastante a
atenção e o álcool me incomodou um pouco. Leva um tempo para se
acostumar e driblar estes aromas, a fim de que se possa perceber
outras notas. Desta maneira, recomendo adicionar um pouco de água
para abrandar o álcool e, assim, poder perceber as outras nuances do
whisky. Com relação à sua maturação, os tonéis de jerez fazem
toda a diferença. Sua influência é perceptível desde o início e
toma conta do espetáculo.
Embora
seja um whisky NAS, foi trabalhado para preencher a lacuna entre o
Chivas 12 e o Chivas 18 anos. E achei que cumpriu bem esta tarefa.
Tem uma qualidade excepcional para um blend nesta faixa de
comercialização. No geral, a Chivas conseguiu entregar uma bebida
de qualidade superior à um preço não tão abusivo para o nosso
mercado. Ótima opção para quem quer experimentar um blend “que
não é igual aos outros”. Quando se inicia no mundo do whisky, a
tendência é achar que os blends são todos parecidos. Mesmo um
novato irá notar a diferença neste Chivas Extra. Uma prova de que
pode-se fazer ótimos whiskies sem levar em consideração sua idade.
Chivas
Regal Extra
Blend
Teor Alc 40%
Doce
e frutado com toques de peras maduras, caramelo, baunilha, canela,
café amanteigado, chocolate ao leite e fundo de amêndoas.