Whisky

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sexta-feira, 14 de novembro de 2014

NAS – No Age Statement

Whiskies com e sem declaração de idade


Passe algum tempo no mundo do whisky e você demonstrará certos sinais de ser um aficionado por whisky amadurecido. Porém, deve-se compreender que nem preço nem declaração de idade são garantia de qualidade. Ainda assim, mesmo para o bebedor experiente, uma declaração de idade pode servir como um sinal de valor, ou ponto de partida, para a definição de expectativas, especialmente se você não teve a oportunidade de provar o whisky em questão. Ou pelo menos era o caso, antes de marca após marca começar a retirar as declarações etárias de seus rótulos. E essa é a tendência.


Discutindo o processo de envelhecimento de whisky observa-se como idade e maturação podem ser coisas muito diferentes. A cada prova de whisky pare para pensar sobre isso, não em termos de quão velho ou de onde vem, mas onde em um mapa de sabores e características ele pertence.

O que o processo de maturação leva a um whisky? Ou melhor, o que ele traz? Sabores derivados da madeira como baunilha e carvalho. O que tira? Enxofre, crueza, imaturidade das notas. E o que muda com a interação com o barril? Um whisky que passa muito tempo em carvalho pode ficar rançoso ou ficar dominado pelo gosto da madeira, perdendo o caráter que poderia ter trazido com ele quando ele foi para o barril. Muito pouco tempo? O whisky sairá afiado e excessivamente adstringente, cru e desagradável.

Em um painel dedicado a promover a causa da não declaração de idade (NAS-No Age Statement) nas garrafas, os resultados não foram surpreendentes. Os dois whiskies mais antigos (um Cardhu 30yo, descrito como um rum lamacento e um reservado Speyside 42yo de 1966, comparado com uma mistura de maçã com urina) foram os piores, enquanto os favoritos acabaram sendo o mais novo, Dufftown 4yo, que lembrou do sabor costeiro de Old Pulteney, e um que não foi um single malt ou uma mistura, mas o NAS Haig Clube, whisky single grain. Também fizeram parte do painel o Caol Ila Moch, o Talisker 57 graus norte e Johnnie Walker Red Label.


Uma vez que as declarações de idade têm sido coisa dos últimos 20 anos, e dado que 75-80% do whisky no mercado já não tem uma declaração de idade, por que estamos tão obcecados com ter declarações de idade nas garrafas?

As empresas de whisky nos ensinou a ser assim. Não são consumidores que colocam as idades em garrafas. As empresas bateram tanto na cabeça com declarações de idade, de whiskies premium mais velhos, mais velhos e mais caros. E agora eles estão tentando nos convencer de que idade não é uma garantia.

O que deixa os consumidores em um dilema: há qualquer coisa no rótulo de uma garrafa que garanta que tipo de whisky o consumidor irá encontrar? Mesmo a região, nesta época de maltes de Islay não turfados e expressões Smokey Speyside? Não se pode depender somente de pistas.

No Brasil não há degustações nas lojas, e muito poucos são os eventos especiais para que o consumidor tenha uma boa chance de provar o que está interessado antes de comprar. Então, estamos convidados a abandonar idade, não ter certeza sobre a região, pagar um preço mais elevado, e receber menos garantias das marcas.


Muitos consumidores estão irritados com esta “falta de idades”. As marcas dizem simplesmente que é porque eles estão correndo contra o aumento da demanda na Ásia (embora com a recente repressão aos bens de luxo na China, já impactando a Diageo, isso pode mudar), e que a adesão às regras de uma declaração de idade significa, por vezes, não serem capazes de usar um whisky mesmo que já esteja maduro. 

Já os consumidores, sentem-se como sendo solicitados a pagar mais por menos informação, como uma cortina de fumaça para as empresas aumentar o lucro com a venda de whisky mais jovem por um preço maior.

Provavelmente todas estas coisas sejam verdadeiras, e que, no final, haverá algum tipo de ato de equilíbrio (geralmente em favor das marcas) entre idade e NAS, e que, se whiskies ruins começarem a aparecer, os consumidores irão reagir. Seja qual for o caso, uma coisa é clara: as coisas não voltarão a ser do modo como eram doze, quinze, 18 anos atrás - embora possa estar indo de volta para a forma como foram quarenta ou cinquenta anos atrás.

É um assunto complicado e um debate que acontecerá muito daqui para frente. Mas que deve ser travado de bom humor e, de preferência, enquanto acompanhado por bons spirits.


Fonte: alcoholprofessor.com

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

O trabalho dele é beber

Como o inglês Jim Murray, a maior autoridade em whiskies do mundo, influencia a indústria e prova mais de três tipos da bebida por dia


Ele largou a carreira de jornalista para beber whisky, e não é só um copinho não. São, no mínimo, três scotchs diferentes por dia - o que, no fim de um ano, chega a quase mil garrafas degustadas. o que poderia ser uma história trágica de alcoolismo foi, na verdade, uma virada na história profissional do britânico Jim Murray, de 56 anos. Atualmente, esse beberrão confesso é a maior autoridade no universo do whisky. Murray é o autor do respeitado livro "Whisky Bible", a Bíblia do Whisky, uma edição anual que traz a avaliação de mais de 3,8 mil rótulos da bebida produzida ao redor do mundo.

"Se eu engolisse tudo o que experimento, eu provavelmente viraria um alcoólatra, talvez até um alcoólatra morto", confessa Murray. Qual é o segredo de seu trabalho? Para não errar na dose, ele afirma que apenas sente o gosto da bebida, analisa a cor, os aromas e não engole. Afinal, Murray prova whiskies de todos os tipos, idades e ingredientes exatamente como saem da garrafa, ou seja, sem água e sem gelo. E, para a surpresa de quem desconhece esse mundo etílico, existem excelentes destilarias fora da Escócia. "Eu não diria que o whisky escocês é automaticamente o melhor", aponta Murray. "Há whiskies de má qualidade que vêm de lá. Alguns não foram maturados o suficiente ou foram armazenados sem cuidado e acabam tendo um gosto de sujeira. Há muitos novos players no mercado", dispara o inglês.

Murray tem razão quando fala de novos players. As destilarias escocesas, que antes dominavam o cenário, agora competem com bebidas de qualidade vindas de regiões como a Ásia e a América do Norte. Essa mudança no cenário global aconteceu no início da década de 80, logo após a crise gerada pelo segundo choque do petróleo, quando várias destilarias escocesas fecharam as portas. Como dominavam o setor, deram de ombros quando outros países começaram a se aventurar no negócio do whisky e, de certa forma, perderam terreno.

A Escócia, que exportou US$ 4,7 bilhões em scotch no ano passado, ainda é para o whisky o que a França é para o vinho, mas, aos poucos, está deixando de ter destaque. Nesse cenário, as indicações de Murray são moedas de valor. Assim como as notas do americano Robert Parker têm o poder de influenciar os preços das safras de vinho, as seleções de Murray são convertidas em vendas para as destilarias. "Criamos um selo de whisky do ano para pôr em todas as garrafas do Ballantine's Finest", diz Deborah Craig, gerente da Ballantine's no Brasil. "Murray é a maior autoridade no mundo do whisky. O seu livro tem grande importância", diz César Adames, professor de tecnologia em bebidas da faculdade Anhembi Morumbi.


"Meu livro significa muito para a indústria"

Qual o segredo para experimentar tantos whiskies? Como a "Bíblia do Whisky" é escrita? 
Tenho uma equipe de trabalho que reúne amostras de whiskies de todos os lugares do mundo. Temos que registrar as bebidas, estocar, testar, para depois escrever. Esta parte leva três meses de trabalho sem folga. No resto do ano, visito destilarias e junto material. Chego a experimentar mais de mil whiskies por ano. O segredo é cuspir a bebida. Se eu engolisse tudo o que experimento, eu provavelmente viraria um alcoólatra, talvez até um alcoólatra morto.


Como é sua rotina de trabalho?
Nos meses em que estou organizando o livro, evito viajar, evito sair muito e evito até me relacionar, pois não posso ficar resfriado. Também tento caminhar para exercitar o meu nariz, espirro água quente no rosto para abrir os poros, tomo café para limpar as papilas gustativas, entre outras coisas.


Isso tudo é necessário?
Sim, pois escrevo um livro que significa muito para a indústria e para os apreciadores de whisky. Se meu nariz não está bom, não testo nada. Se as pessoas me perguntam os motivos de eu ter dado uma nota ruim ao whisky delas, eu posso olhá-las nos olhos e dizer que não acredito no produto. É o que garante minha liberdade para trabalhar.



Fonte: terra.com.br

domingo, 9 de novembro de 2014

Filtrado a baixíssimas temperaturas, OLD PARR SILVER chega para todo o Brasil

Depois de superar as expectativas nos mercados-teste, novo scotch já pode ser apreciado por fiéis e novos fãs da bebida no País.


Surpreender os apreciadores de uma categoria de bebidas com consumidores fiéis não é tarefa fácil. Mas é o que o novo whisky OLD PARR SILVER vem conseguindo no Brasil. Lançado em mercados teste no ano passado, a bebida superou todas as expectativas e agora ganha as prateleiras de todo o País. Produzido na Escócia, OLD PARR SILVER é o mais novo integrante da família OLD PARR, o whisky Deluxe mais vendido no Nordeste, um dos principais mercados de whisky no País. Só o Ceará corresponde a 35% do volume da marca no Brasil.
O novo whisky é uma opção da família OLD PARR para os happy hours com amigos e chega para agradar ao paladar dos consumidores cada vez mais interessados em um scotch de alta qualidade. Além disso, é mais uma inovação da DIAGEO, multinacional detentora de marcas como JOHNNIE WALKER, J&B, OLD PARR, BUCHANAN´S, GUINNESS, SMIRNOFF e BAILEYS.
Diz a lenda que, durante um inverno intenso na Escócia, barris de um whisky raro e Premium foram esquecidos na neve. Quando encontrados, o líquido ultra gelado que ficou esquecido maturou-se em um whisky suave. Inspirada nessa história, a master blender Caroline Martin desenvolveu OLD PARR SILVER.

OLD PARR SILVER é um whisky de sabor e aroma marcantes. De cor dourado intenso, no paladar é aveludado e cremoso com toques de baunilha e especiarias que trazem suavidade e doçura, finalizando com um toque defumado. No aroma, marcam presença frutas como passas, figo e pera. “OLD PARR SILVER passa por um processo de filtragem a -6ºC, o que lhe garante a suavidade. Os sabores de baunilha e especiarias, aliados ao equilíbrio de aromas cítricos e de pera, trazem suavidade ao paladar e se sobressaem quando o líquido é degustado gelado, seja mergulhado em um balde de gelo, resfriado na geladeira ou servido com uma pedra de gelo”, convida Martin.
Além do sabor e aroma marcantes, OLD PARR SILVER tem a qualidade garantida pela tradição de OLD PARR, um scotch que já agrada ao paladar dos brasileiros. “OLD PARR SILVER é um whisky de alta qualidade e uma opção mais acessível em preço e sabor para quem busca degustar uma bebida Premium na companhia dos amigos”, afirma Murilo Marques, embaixador de Reserve, divisão de luxo da Diageo no Brasil.
O novo scotch tem preço sugerido de R$ 99,90 e pode ser encontrado nos principais bares, delicatessens e supermercados do país.


Fonte: obarvirtual.com.br

sábado, 8 de novembro de 2014

Desvendando Nº 14: Kakubin


Em julho passado fui apresentado aos whiskies japoneses quando participei de um evento de degustação em Campinas-SP. A degustação foi promovida por Mauricio Salvi, autor da página no Facebook e Youtube Whisky em Casa, com apoio da Suntory, uma das maiores empresas japonesas especializada em bebidas. Estava presente no evento, inclusive, o presidente da Suntory no Brasil, Sr Tatsushi Yoshida.


Quando se fala em bebidas no Japão, pensa-se quase que imediatamente em saquê. Não é o que acontece na realidade. Embora seja uma bebida tradicional no Japão, a cerveja é muito mais popular. Tanto que, pelo alto consumo, não sobra cerveja para exportação. Já o whisky, antes presente somente em bares e confraternizações, está conquistando cada vez mais público.

Começou com o uso dele em drinques, mas está sendo consumido cada vez mais com água ou gelo. Aliás, esta é uma curiosidade: os japoneses gostam do seu whisky diluído em muita água. E bebem muito.

Kakubin, da Suntory, é o whisky mais consumido no Japão atualmente. Seu blend foi feito pelo fundador da empresa, Shinjiro Torii, em 1937, e a garrafa imita um casco de tartaruga, símbolo da longevidade no Japão. Tem o aroma bastante floral, leve, com leve toque de malte e mel, que se repete no paladar. O acabamento é curto e pouco apimentado. 


Todo o processo de produção é feito dentro das destilarias da Suntory. São armazenados em um tipo de carvalho japonês chamado Mizunara. Como se trata de um blended, e as destilarias japonesas não trocam whiskies entre si, é produzido totalmente com whiskies das destilarias da Suntory. O lado bom disso é que, em sua composição, há whiskies envelhecidos por mais de 20 anos. É também um whisky gourmet, ou seja, combina perfeitamente com a culinária japonesa.

Segundo o Sr Yoshida, os consumidores dos whiskies premium da Suntory são pessoas que já consomem produtos premium ou que estão em busca de novidades. O Kakubin é adquirido pelos que desejam se aventurar no mundo do whisky japonês. É a porta de entrada e um ótimo custo-benefício para os que consomem diariamente.

Curiosidade: Kakubin significa garrafa quadrada e não aparece este nome nem na garrafa nem na embalagem.


O que pude perceber:

Aroma: logo que abri a garrafa senti um aroma de mel, puxando para açúcar queimado. Aroma também de carvalho, amadeirado, com um pouco de álcool. Sente-se também um cheiro de terra molhada. Lembra um pouco o Bourbon, mas não muito adocicado. Há um equilíbrio entre o doce e o enfumaçado. Percebe-se um pouco de manjericão. Com água fica menos encorpado e o aroma do Bourbon se sobressai. Com uma pedra de gelo fica mais fresco, mais perfumado. Sente-se um pouco do cheiro de bala de tutti-frutti.

Paladar: adormece um pouco a boca e dá para notar um pouco do sabor defumado, sutil. Confirma no paladar o aroma do Bourbon e da madeira. Com água fica mais suave, a dormência na boca desaparece. Com gelo aparece o sabor frutado.


Whisky muito bom, de sabor incrível. Posso dizer com certeza que se tornou um de meus blends favoritos. Difícil, no caso dos whiskies japoneses, é encontrá-los. Somente em lojas especializadas em produtos japoneses ou pela internet. E não são baratos. O Kakubin está na faixa dos RS 100,00. Consegui uma promoção e adquiri por R$ 59,90 em um supermercado japonês em minha cidade. Mas vale a pena conhecê-lo.

Os japoneses são bons no que fazem. Quando se dispõem a fazer algo, fazem bem feito. Já demonstraram isso com tecnologia, automóveis e eletrônicos. Agora estão mostrando com o whisky. Não é à toa que recentemente um whisky japonês foi escolhido como melhor do mundo, sobrepujando toda a tradição do whisky escocês.



Kakubin


Blended: Japão Teor Alc 40%


- Aparência: Dourado.
- Olfato: Floral e delicado. Rosas, cereais, flores do campo, mel, especiarias e ligeiros tons enfumaçados.
- Paladar: Delicado. Mel, baunilha, especiarias e frutas cítricas.
- Final: Médio e adocicado. Predomina frutas cítricas e especiarias.
- Conclusão: Um bom blended que mantém a tradição dos grandes whiskies japoneses.






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Fontes: singlemaltbrasil.com.br, hashitag.com.br

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Johnnie Walker inicia comemorações do seu bicentenário com coleção exclusiva

Entre 2014 e 2020, ano do aniversário de 200 anos, marca escocesa vai lançar sete whiskies exclusivos. A edição de 2014 é inspirada nas Highlands e nas ilhas do oeste da Escócia

O ano de 2020 ainda está bem longe, mas para a Johnnie Walker é "logo ali", como diria Fernando Vannucci. De olho no seu bicentenário, a marca escocesa de whiskies deu início às comemorações de aniversário com uma contagem regressiva em forma de sete garrafas.


Entre 2014 e 2020, a empresa vai lançar uma limitada e exclusiva edição por ano, e a primeira da coleção de aniversário "John Walker & Sons Private Collection" acaba de desembarcar no Brasil.

A edição de 2014 é um "smoky blend" maturado em 29 barris da reserva particular de Jim Beveridge, o homem por trás dos whiskies da marca escocesa. Dos 29 barris, 8.888 garrafas foram produzidas, e destas 8.888, 138 serão vendidas aqui.
Gerente de marcas de luxo da Johnnie Walker, Fernando Levy explica que Beveridge inspirou-se em duas regiões da Escócia para criar o sabor do destilado: Highlands (terras altas, em inglês) e as ilhas na parte oeste do país. "Você percebe notas de frutas vermelhas e de mel em homenagem às Highlands, e as notas marinhas são uma referência às ilhas, principalmente Islay", diz. Soa como papo de pescador para quem é leigo, mas em uma degustação conduzida por Levy, é possível sentir o doce e o salgado no olfato e no paladar.
A garrafa, azul, é outra referência às ilhas, e Fernando revela que a edição de 2015 será de outra cor, o que pode dar algumas dicas das características do que vem dentro dela: "Vai ser avermelhada, tom amadeirado, mais intenso. Vai homenagear outras regiões da Escócia".
Com 46,6% de teor alcoólico, a edição 2014 da coleção comemorativa da Johnnie Walker será vendida em garrafas de 700 ml por cerca de R$ 1.800 cada. Ela poderá ser encontrada em delicatessens de cidades como Brasília, Recife, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro e São Paulo. Levy observa que o número de garrafas produzidas – 8.888 – não é fixo e deve mudar nas próximas edições, dependendo da quantidade de barris usados, e não terá reedições no futuro. São essas e acabou.


Fonte: deles.ig.com.br

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Autor da "Bíblia do Whisky" elege rótulo japonês como o melhor do mundo

Yamazaki Single Malt Sherry Cask 2013 registrou 97,5 pontos na avaliação de Jim Murray, autor do guia "A Bíblia do Whisky"


Depois de provar cerca de 4.700 whiskies, Jim Murray, autor do conhecido guia "A Bíblia do Whisky", elegeu o puro malte japonês Yamazaki Single Malt Sherry Cask 2013 como o melhor do mundo, com nota de 97,5 pontos (máximo de 100), a mesma com a qual o Glenmorangie Ealanta levou a melhor no ano passado.

Esta é a primeira vez em 12 anos do guia que um destilado do Japão fica com o primeiro lugar, ficando à frente do William Larue Weller (2°), Sazerac Rye 18 anos (3°) e Four Roses (4°), três whiskeys norte-americanos da variedade bourbon.

Murray descreveu o Yamasaki como "espesso, seco, tão redondo quanto uma bola de bilhar" e afirmou que o whisky nipônico deveria servir como um alerta para os produtores escoceses acordarem.
Para o especialista, nenhum puro malte produzido na Escócia chega perto do japonês. "Chegou a hora de uma pequena dose de humildade, de voltar aos fundamentos, de perceber que algo se perdeu", diz Murray sobre as destilarias escocesas. Apenas 18 mil garrafas do Yamazaki Single Malt Sherry Cask 2013 foram produzidas.


Fonte: deles.ig.com.br

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Degustação de Glenlivet


Sábado passado, 1º de novembro, participei de uma degustação dirigida de whisky. O evento ocorreu na Enoteca Saint Vinsaint em São Paulo e foi realizado por Alexandre Campos, um dos maiores especialistas em whisky do Brasil, colecionador de whiskies com cursos em diversas destilarias e formação avançada em destilados pela Wine and Spirits Education Trust (WSET).


O Single Malt da degustação foi o Glenlivet, uma das principais destilarias de Speyside. Os whiskies escolhidos para provar foram Glenlivet 12, Glenlivet 12 (Versão Década de 80), Glenlivet 15, Glenlivet 18 e Glenlivet XXV.

Estavam presentes no evento vários experts em destilados, entre eles Cesar Adames, especialista no mercado de tabaco e destilados, Mauricio Maia, especialista em cachaças e Mauricio Salvi e Christian Squassoni, da página no Facebook e também no Youtube, Whisky em Casa. Também tive a grata satisfação de conhecer pessoalmente alguns leitores do blog.

Quem é apreciador de whisky e nunca participou de uma degustação dirigida, participe. È a oportunidade de conhecer aromas e sabores diversificados, aumentar o conhecimento e trocar informações com pessoas também apaixonadas pela bebida. E de quebra, fazer novos amigos. Foi uma tarde agradável.


Um pouco dos whiskies:

Glenlivet 12 e Glenlivet 12 (Década de 80)


Aqui um pouquinho de história. Comparação de whiskies, aparentemente iguais, um engarrafado este ano, outro, destilado na década de 70 e engarrafado na década de 80. Alexandre Campos afirmou ter arrematado em um leilão em Londres esta preciosidade. Acho que demos prejuízo a ele.

Glenlivet 15

Como gosto não se discute, em minha opinião, o melhor dos whiskies degustados. Finalizado em barris de carvalho francês.

Glenlivet 18


O mais redondo.

Glenlivet XXV


O mais complexo.


Falarei ainda com mais detalhes sobre cada um deles. Até a próxima.

Páginas recomendadas:
Mauricio Maia: O Cachacier
Salvi & Squassoni: Whisky em Casa (TWS, em breve).