Aberlour significa “boca
do riacho gorgolejante” em gaélico escocês e situa-se em um local
antigo e bonito.
Embora a Aberlour não
seja muito conhecida em sua terra natal, tornou-se extremamente
popular na França e afirma ser uma das dez destilarias que mais
vendem malte no mundo. Como parte da antiga Campbell Distillers, a
Aberlour pertence ao grupo francês Pernod Ricard desde 1975. Seu
malte é usado em diversos blends, em especial no Clan Campbell.
Porém, mais da metade da produção da destilaria é engarrafada
como single malt.
A destilaria fica a pouca
distância do rio Spey. Sua fundação data de quando James Gordon e
Peter Weir construíram uma destilaria na rua principal de Aberlour,
em 1826. As instalações resistiram 50 anos até serem devastadas
por um incêndio. Uma nova destilaria Aberlour foi construída em
1879, alguns quilômetros rio acima, por James Fleming, que já
possuía a Dailuaine. A de hoje é do final do período vitoriano,
projetada por Charles Doig depois de o prédio ter sofrido outro
incêndio, em 1898.
James Fleming tinha como
lema “Let the Deed Show”, algo como “que a proeza apareça” e
este lema estampa todas as garrafas de Aberlour.
A sua água,
excepcionalmente suave, é extraída de fontes no Lour Glen, tendo
fluído através de turfa. O malte é fornecido sob encomenda e é
levemente turfoso.
Os whiskies de malte de
Aberlour se beneficiaram do uso maior de tonéis de xerez oloroso em
anos recentes, o que, combinado com tonéis de bourbon, aumenta a
complexidade do whisky.
O que pude perceber:
Características: cor
cobre, médio corpo.
Aroma: baunilha, malte,
caramelo, doce, suave, sedoso. Um pouco de álcool evidente, mas nada
que o prejudique. Amadeirado suave e frutado. Um pouco de especiarias
e frutas secas sutis. Condimento leve. Depois de um certo tempo
percebe-se algumas notas herbais, de gramíneas. Com um pouco de
água, malte, cereais, frutado, terra molhada. O álcool some, fica
bem suave e agradável no nariz. Um pouco de gramíneas, desta vez,
gramíneas secas.
Paladar: baunilha,
caramelo, frutas secas, amadeirado, uma certa picância juntamente
com uma doçura e o malte. Finaliza de uma forma média e seca. A
adição de um pouco de água faz lembrar ameixas secas, malte,
cereais crocantes, frutas cristalizadas. As especiarias agora
desaparecem um pouco, ficando mais sutis, mas ainda são percebidas
na finalização. O whisky fica melhor equilibrado.
Whisky muito bem
trabalhado na junção de dois barris, ex bourbon e ex-xerez que,
embora não fale exatamente a proporção, dá para perceber uma
maior influência dos barris ex-bourbon.
Na minha opinião, faltou
um pouquinho para este whisky ser perfeito, para ser melhor
equilibrado e eliminar o pouco de álcool que ainda é perceptível.
Talvez mais dois anos de envelhecimento em barris? Um melhor jogo
entre as proporções dos tipos de barris? Quem sabe o review do
Aberlour 12 anos possa nos dizer.
Aberlour 10 Anos
Single Malt: Speyside
Teor Alc 40%
Maturado principalmente
em barris que antes continham bourbon, este whisky tem a doçura do
caramelo proveniente da madeira, além de um leve sabor de nozes e
especiarias.
Bebi esse whisky e achei excelente, ainda mais para um whisky de 10 anos! concordo totalmente com a sua avaliação.. Percebe-se muito claramente a influencia do bourbon e tb do Xerez, é um whisky extremamente agradavel.. tb percebi esse alcool um pouco acentuado, mais para mim não incomodou.. só as notas do doce e do xerez poderiam ter mais equilibrio, porque vc vai tomando e o DOCE vai ficando cada vez mais forte.. abrs!
ResponderExcluirExatamente. A medida que você vai bebendo o doce vai se sobressaindo, influência talvez de uma maior proporção de barris de bourbon do que xerez. Obrigado por compartilhar a experiência. Um abraço.
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