Whisky

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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Degustação dirigida de whiskies "Peated"

No último sábado, 29 de agosto, foi realizada em São Paulo mais uma degustação dirigida promovida pela Single Malt Brasil na Enoteca Saint Vinsaint. Desta vez a degustação foi temática e a ênfase foi dada aos whiskies turfados. Foram apreciados os whiskies Laphroaig 18 Anos, Ardbeg 10 Anos, Jura Prophecy, Lagavulin 16 Anos, Hakushu Distillery e uma edição especial de Caol Ila, destilado em 1993 e engarrafado em 2006. 

Foto: Mauricio Salvi
A palestra foi, como de costume, muito bem dirigida por Alexandre Campos, um dos maiores especialistas em whisky do Brasil, assessorado por Mauricio Salvi (Whisky em Casa) que apresentou o Hakushu Distillery e Mauricio Porto (O Cão Engarrafado), que fez a apresentação do Lagavulin 16 Anos.

Estavam presentes no evento o expert em bebidas César Adames (Bares, Drinks & Destilados) e vários leitores do blog.


Esta degustação era um tanto quanto desafiadora pois o tema divide opiniões: de um lado apreciadores de whiskies frutados e florais, de outro, os amantes dos enfumaçados. De qualquer forma, quem estava presente, independentemente de gosto pessoal, teve a oportunidade de assistir uma verdadeira aula sobre o destilado e de como é o processo de “enfumaçar” o whisky. Quem quiser saber mais sobre o processo pode acessar o post sobre a turfa clicando aqui.

Sobre os whiskies, vamos a eles:

Laphroaig 18 Anos

Terroso, doce e amadeirado.

Ardbeg 10 Anos

O temível monstro de Isla. 50 p.p.m de fenol.

Jura Prophecy

Turfa sutil, fácil de beber, apesar de 35 p.p.m.

Lagavulin 16 Anos

Suave e doce. Fumaça sutil.

Hakushu Distillery

Para mim, o melhor do dia. Mentolado e herbáceo.

Caol Ila (93/06)

Da coleção particular do Alexandre Campos. Finalizado em carvalho europeu ex-Moscatel.

Esta edição teve ainda como ponto alto a degustação de uma bebida que foi a mais aclamada de todas. Gentilmente cedida pelo César Adames que, no fim, acabou ficando sem a garrafa, tamanho o sucesso:

Whisky sobremesa, para adoçar a boca e tirar o gosto de fumaça
Como pode-se perceber, o evento foi bem descontraído. Aproveito para voltar a falar sobre a importância de participar deste tipo de atividade. Oportunidade ímpar de aprofundar os conhecimentos, apreciar boas bebidas e fazer novos amigos. A Single Malt Brasil promove degustações em São Paulo aproximadamente a cada três meses e, eventualmente em outras cidades do país. É só ficar atento ao site: www.singlemaltbrasil.com.br.

Saúde.


sábado, 15 de agosto de 2015

Desvendando Nº 26 - Laphroaig Quarter Cask

Ame ou odeie”, dizia um dos slogans para divulgação do Laphroaig (lê-se lafróig).


A destilaria Laphroaig foi fundada em 1810 por Alexander e Donald Johnston, embora a produção oficial tenha levado cinco anos para começar. A vida ao lado da igualmente famosa Lagavulin nem sempre foi fácil. Houve disputas pelo acesso à água, mas, hoje, o sentimento que prevalece é de respeito mútuo. A Laphroaig é uma das poucas destilarias que mantiveram as maltagens em piso, que suprem um quinto das necessidades da casa. E o fato de existir esse tipo de maltagem torna a visita à destilaria ainda mais interessante.

A Laphroaig sempre apreciou a característica defumada e pungente do seu malte, mistura de cânhamo, sabão carbólico e fogueira. Dizem que seu caráter medicinal intenso é uma das razões pelas quais a bebida estava entre os poucos whiskies escoceses permitidos nos EUA durante o período de proibição. Seu whisky era aceito como spirit medicinal e podia ser obtido por meio de prescrição médica. Sendo o mais medicinal dos malts, remete a gaze hospitalar, faz lembrar antisséptico bucal, fenol. È a personalidade de Islay com a intensidade de algas marinhas e iodo.


Laphroaig significa “a bela depressão junto à baía larga” em gaélico. É feito colocando-se primeiramente de molho a cevada em água sem sais, turfosa de Islay e deixando-se que germine, o que envolve remexê-la manualmente no chão de maltagem por seis dias. A cevada germinada é, então, seca num fogo circulatório de turfa, e a fumaça dessa pungente turfa de Islay é que dá ao Laphroaig sua distintiva característica. Após a destilação, o whisky é maturado em tonéis de carvalho do Kentucky, empilhados nos galpões de maturação no litoral. Aqui ele é banhado pelo vento fresco e salgado do Atlântico, e, em noites de tempestade, sabe-se que o mar entra nos galpões, bem abaixo dos barris. Não é surpresa que o sabor turfoso único do Laphroaig carregue uma forte nota de iodo e acentuado e salgado ar do Atlântico.

Ele é denominado “o definitivo whisky de malte de Islay” porque é a essência do sabor de Islay, rico, defumado, turfoso e cheio de personalidade. O Laphroaig é decididamente um gosto adquirido, partilhado por Sua Alteza Real, o príncipe de Gales, que premiou o Laphroaig com seu Certificado Real em 1994 e encomenda sua própria edição, a ”Highgrove”.


A destilaria possui sua própria reserva de turfa em Islay, floor maltings na destilaria e alambiques relativamente pequenos. Seus depósitos de maturação ficam de frente para o mar. Em 1847 o fundador faleceu ao cair dentro de um barril de whisky. No final dos anos 1950 e início dos 1960, a destilaria pertenceu a uma mulher, a srta. Bessie Williamson. O ambiente romântico das instalações tornaram a destilaria popular para casamentos, e ela serve como salão comunitário do vilarejo. Pertence atualmente à Beam Global, sendo administrada por uma equipe dedicada que deve garantir a ela um futuro brilhante.

Apesar de tudo, muitos acham que o famoso ataque do Laphroaig diminuiu nos últimos anos, revelando um pouco mais da doçura do malte. Mas continua sendo um whisky de forte personalidade, encorpado e untuoso.


Todos os Laphroaig são envelhecidos exclusivamente em barris de carvalho americano, provenientes da Maker's Mark. O resultado é o mais marítimo dos maltes de Islay, medicinal, com toques de iodo, arenque, sala de máquinas e fumaça, mas suavizado pela doçura do carvalho. É esse caráter de baunilha que abranda as notas rústicas do espírito novo e adiciona uma doçura sutil ao espírito maduro.

Nesta edição, a Quarter Cask, o Laphroaig jovem passa por um breve período de maturação extra em pequenos e novos barris equivalentes a meias pipas, feitos de carvalho americano. Ao aumentar a proporção entre madeira e whisky nos sete meses antes do engarrafamento, o processo de maturação é acelerado. Esta nova versão do malte, parcialmente maturado em barris de 57 litros, foi a responsável por recuperar parte da intensidade que os apreciadores procuram. A baunilha e o teor defumado estão em seu auge.


Minhas impressões:
Cor: dourado claro, médio corpo.
Aroma: fumaça. Bacon. Presunto defumado. Notas de remédios. No fundo, mas bem no fundo mesmo, dá para sentir um pouco de doçura. Mas o defumado é o aroma que está sempre presente. Com a adição de um pouco de água o aroma fica mais suave
Paladar: começa doce e suave, daí vem a presença do álcool que é um pouco elevado, 48%, e então, vem a explosão de fumaça, do defumado e também de notas salgadas. Depois de acostumar um pouco com estas sensações, começa-se a perceber que também há algumas notas frutadas. Com um pouco de água ele começa doce, fica cítrico, frutado, e então volta a fumaça e o teor salgado preenchendo tudo.

Não o experimentei com gelo. O curioso foi que, assim como havia percebido com o Benriach Curiositas 10 Anos, a adição de água fez com que a fumaça se retraisse. Ela ainda está lá, mas bem mais leve. Interessante também é perceber que, apesar do teor alcoólico mais elevado, 48%, tanto com água quanto sem, ele não parece ser tão forte. Você percebe o álcool, mas não incomoda.

No mesmo dia da degustação, havia comprado uma Copa fatiada como tira gosto. Adivinhem? Tem o mesmo cheiro e gosto do Laphroaig. Inclusive tenho um amigo leitor que acompanha o blog que o apelidou de “porquinho”, por causa do cheiro de bacon defumado.

Deixei o whisky na taça descansando de um dia para o outro, com uma tampinha para reter os aromas. Quando removi a tampa no outro dia, o que senti foi uma explosão de fumaça escapando e, depois, ficando com um aroma doce. No paladar também ficou mais doce.

Falando um pouco sobre a madeira, no século 19, o whisky era transportado através da Escócia sobre lombos de cavalos, utilizando-se para isso de pequenos barris, os Quarter Cask. São estes mesmos barris que hoje são utilizados para finalizar a maturação deste Laphroaig, proporcionando um contato com a madeira 30% maior, acelerando sua maturação.

O Laphroaig Quarter Cask utiliza whiskies envelhecidos entre 5 e 11 anos com teor de fenol de 40-43 ppm. Um clássico de Islay para quem curte whiskies defumados. Rico e complexo, certamente é um exemplar que todo apreciador deveria experimentar.




Laphroaig Quarter Cask

Single Malt: Islay Teor Alc 48%


O Quarter Cask está no coração da produção principal da Laphroaig. Barris pequenos aceleram o processo de maturação e causam sabor doce e amadeirado, que sucumbe à explosão triunfal de turfa defumada.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Barris contrastantes

Novos engarrafamentos de edição limitada liberados pela Tomatin Distillery


A destilaria Tomatin lançou um pacote de edição limitada do Tomatin Highland Single Malt chamado Contrast - uma comparação única de whiskies envelhecidos em barris de Bourbon e Sherry.

Em cada caixa, existem duas garrafas de 350ml cada uma contendo um vatting de barris a partir de 1973, 1977, 1988, 1991, 2002 e 2006, com um dos vattings sendo de barris Ex-Bourbon e o outro de barris Ex-Sherry. Engarrafados em 46%, ambos os whiskies são não filtrados a frio e possuem cor natural, assim, exibem cores e sabores muito contrastantes.

Barris dos mesmos seis anos foram selecionados e misturados pelo Gerente de Destilação da Tomatin, Graham Eunson. Como até 70% do sabor final do whisky é derivado do barril onde foi amadurecido, a destilaria quis comparar diretamente o efeito de diferentes barris no mesmo whisky. Estes são dois whiskies incríveis que os consumidores irão desfrutar e comparar lado a lado em sua própria casa.

Há 5.400 destas caixas de edição limitada disponíveis e devem ser vendidas em torno de £ 100.

Amadurecimento em Bourbon:
AROMA: xarope dourado e mel. Limão. Amêndoa e macadâmia, baunilha e creme.
PALADAR: pudim de baunilha doce e limão. Pedaços de abacaxi, framboesas e açúcar de confeiteiro.
ACABAMENTO: doce, fresco e suave.

Amadurecimento em Sherry:
AROMA: toffee, maçã, pudim de Natal, passas e melaço.
PALADAR: canela e cravo, pimenta. Marmelada.
ACABAMENTO: oleoso, picante e crocante.



Fonte: whiskyintelligence.com

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

The Glenrothes Vintage Reserve é lançado no Reino Unido


Berry Bros. & Rudd Spirits anunciou o lançamento no Reino Unido do Vintage Reserve, da destilaria The Glenrothes, em Speyside.

Vintage Reserve é a expressão que melhor resume a filosofia da Glenrothes sobre Single Malts Vintage, de engarrafar seu whisky somente quando atingir o auge de sua maturidade. Vintage Reserve casa o melhor de muitos Vintages cuidadosamente selecionados a partir das últimas três décadas.

A combinação de Vintages maturados em uma variedade de barris cria um whisky equilibrado, onde os mais maduros adicionam um caráter mais evidente de carvalho e frutas secas. Os mais jovens Vintages adicionam maciez, baunilha e doçura, além de contribuir com exuberância e notas cítricas de limão.

A destilaria seleciona à mão os mais requintados barris para criar o Vintage Reserve, utilizando caráter e sabor como guia, não uma idade pré-determinada. As notas de sabor do Malt Master constam do rótulo frontal: "Mellow, soft fruits, citrus and honey".

A destilaria afirma que este é o whisky mais complexo até agora. Ao contrário de outros maltes que são engarrafados por idade, a Glenrothes escolhe whiskies que representam o melhor de um determinado ano e são juntados quando estão prontos. Esta maneira contrasta com muitas destilarias que engarrafam simplesmente com base na idade de um whisky. Para a Glenrothes, a ênfase está na qualidade, gosto e sabor do whisky, não na idade.

The Glenrothes Vintage Reserve 40% ABV
Aparência: dourado.
Nariz: excepcionalmente perfumado, macio e com estilo, cítrico e favo de mel acompanhado de frutas vermelhas.
Paladar: muito suave, cremosa sensação de boca, sedoso. Frutas vermelhas e nozes.
Final: médio para longo, aparecendo o cítrico junto com a baunilha. Também ressalta o mel e um fraco lembrete de tonéis de xerez de primeiro preenchimento.

O Glenrothes Vintage Reserve já está disponível com um preço de venda recomendado de 39,99 £.



Fonte: whiskyintelligence.com

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Apresentação do SCAPA SKIREN, um Single Malt forjado pelos elementos de Orkney


Setembro de 2015 marcará o lançamento do Scapa Skiren, um single malt artesanal forjado pelos elementos de Orkney, uma remota ilha de contrastes naturais.

Feito por cinco artesãos dedicados na destilaria Scapa, operando manualmente, o sabor suave do Scapa Skiren encarna os contrastes inesperados das Ilhas Orkney, afastando-o dos tradicionais malts da ilha. Uma cuba de lavagem Lomond em forma de barril - a única Lomond remanescente trabalhando na indústria do whisky escocês - é usada na destilação, resultando em um espírito com mel rico e frutado. A maturação exclusiva em cascos de carvalho americano de primeiro preenchimento dá ao Scapa Skiren uma doçura suave e cremosa com um toque tropical, com frutas cítricas e urze colhida no litoral.

Scapa Skiren recebe o seu nome a partir do nórdico antigo para "céu reluzente e brilhante" e acende os sentidos, com seus sabores delicados e florais perfumados, bem como notas de pera fresca, abacaxi doce e frutado no nariz. Tem sabor suave e doce de fatias de melão maduro, com o contraste frutado da pera e o gosto tentador de sorvete doce no paladar. O resultado final é uma doçura longa e refrescante, que lembra os céus Orcadianos no verão, o que lhe dá o nome.

A Destilaria Scapa abriu recentemente ao público, pela primeira vez desde o seu lançamento em 1885, na bela, selvagem e indomável ilha Orkney. Está situada na costa do Scapa Flow, um porto natural e um dos mais históricos trechos de água da Grã-Bretanha.

Scapa Skiren, ao preço de US$ 60, será lançado em setembro de 2015 em varejistas selecionados no Reino Unido e na França e lançado no varejo de viagem global em outubro de 2015.

Scapa Skiren (40% ABV)
Caráter: doçura do mel.
Nariz: aromas florais perfumados e delicados com uma pitada de pera doce. Notas doces e frutadas, com um cítrico de abacaxi.
Sabor: suave e doce, fatias de melão maduro com notas de pera. Frutado, contrastando com o gosto tentador de sorvete de limão doce.
Final: longo, refrescante e doce.



Fonte: whiskyintelligence.com

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Glenfarclas £511.19S.0D – uma barganha

As destilarias geralmente gostam de falar sobre sua história, mas há poucas ainda em operação que podem designar-se de propriedade familiar passadas de gerações para gerações. Uma das famílias das destilarias mais conhecidas no clube exclusivo, é a família da Glenfarclas, proprietários da destilaria por 150 anos. Para comemorar este marco, eles lançaram um novo whisky, o enigmaticamente chamado Glenfarclas £511.19s.0d .


A história por trás do nome é realmente simples: em 8 de junho de 1865, 29 anos após sua fundação, John Grant comprou a Glenfarclas pela soma de £511.19s.0d. Um pouco de pesquisa no Banco da Inglaterra sugere que este valor seria equivalente a cerca de £ 57.000 em dinheiro de hoje, um excelente negócio para uma destilaria em funcionamento. A destilaria foi apenas uma parte da compra. Na verdade, o que a família realmente queria adquirir era o arrendamento da Fazenda Rechlerich, e a destilaria veio junto. A fatura total foi de £1224.19s.7d. Os Grant's arrendaram a destilaria mas quando seu inquilino, o primo distante John Smith, pediu demissão para fundar a Cragganmore, John e seu filho George assumiram. Desde então, a família tem administrado a destilaria.


A família Grant sempre foi bastante conservadora ao nomear seus filhos e ao longo dos anos eles tem sido quase todos chamados John ou George. Isso significa que, mesmo agora, 150 anos depois de a família ter comprado a destilaria, um John e George administram a empresa como uma equipe de pai e filho.


Junto com o lançamento de £511.19s.0d, a destilaria comemorou o aniversário preenchendo 10 sherry butts e 10 sherry hogshead para as gerações futuras. A família ainda está planejando para o longo prazo, estabelecer um estoque para garantir que no futuro tenham todo o whisky de que precisam.

Glenfarclas é bem conhecida por seu whisky com grande presença de sherry e esta garrafa comemorativa trilha o mesmo caminho, consistindo principalmente de sherry butts de primeiro-preenchimento.


GLENFARCLAS £511.19S.0D FAMILY RESERVE, 43%
Nariz: mel e passas com suave amargor do barril carbonizado. Maçãs e peras cozidas junto com açúcar, pastéis de nata, bolo de frutas com manteiga, noz-moscada e cravo. Apesar dessas notas mais pesadas, ainda é bastante fresco, com fatias de maçã recém cortadas e notas de limão.
Paladar: macio e arredondado, com delicada especiaria do barril de xerez e frutas no começo. Os sabores vão mudando para frutas mais escuras, se desenvolvendo através de passas e bolo de frutas escuras com notas suaves de carvão e especiarias. Pouco antes do final, maçã fresca aparece, acompanhado de folhas úmidas, como chão de floresta.
Final: noz-moscada e canela torrada, macio e persistente com torta de maçã e uma pitada de alcaçuz.

Um jogo com dois tempos, com frutas frescas pimeiro e sabores pesados de xerez depois, equilibrados com cuidado, com cada um tendo sua vez no nariz e paladar. Mais leve e mais elegante do que alguns engarrafamentos da Glenfarclas, mas ainda com o clássico sherry.



Fonte: thewhiskyexchange.com

domingo, 2 de agosto de 2015

Johnnie Walker Rye Cask, uma nova madeira de acabamento

A linha Johnnie Walker da Diageo verá a estréia de uma nova série de engarrafamentos limitados, a Johnnie Walker Select Casks, com diferentes acabamentos em madeira (o número de lançamentos é desconhecido neste momento). O primeiro será um Rye Cask Finish, e será lançado em setembro nos mercados norte-americanos. A Diageo cogita fazer da Select Casks uma coleção com lançamentos anuais.


O Rye Cask Finish é envelhecido por 10 anos em carvalho americano de primeiro preenchimento, dando-lhe uma suavidade familiar de baunilha, em seguida, é finalizado por um mês em cascos de centeio para adicionar uma nota picante.

É engarrafado em 46% ABV, um teor alcoólico mais elevado do que as outras marcas na carteira Johnnie Walker, a fim de proporcionar um caráter mais distinto quando utilizado em coquetéis. A série Select Casks é filtrada a frio, a fim de manter a textura e sensação de boca clássicas da Johnnie Walker.

Algumas experiências, como a Double Black, se tornaram parte do estilo da casa e os estoques disponíveis são em quantidade suficiente para que se tornem partes permanentes do portfólio. Alguns são mais finitos por natureza, envolvendo pesquisa para aprender mais sobre os diferentes perfis de sabor, técnicas de envelhecimento, e assim por diante. O Rye Cask Finish é um destes.

A garrafa será vendida por um preço de varejo sugerido de US $ 45. Como os preços do malte, do bourbon e do centeio continuam a subir, é bom ver alguns novos produtos interessantes chegar ao mercado com um preço que incentiva a experimentação. Também é interessante ver que a lenta, porém crescente disponibilidade de barris de centeio utilizados não está passando despercebida pelos fabricantes de whisky escocês.


Fonte: whiskyadvocate.com


sábado, 1 de agosto de 2015

Hibiki Harmony, um blend à parte

O whisky japonês está apreciando seu momento ao sol, mas a sua recém-descoberta popularidade está colocando uma pressão sobre os níveis de estoque e, como tal, os whiskies sem declaração de idade são a consequência inevitável. A resposta da Hibiki é o Harmony, um blend de mais de 10 whiskies de malte e de grão.


Os whiskies são das destilarias da Suntory, Yamazaki e Hakushu, e também da destilaria de grãos Chita, que atua como a “liga” da mistura. Um número de diferentes tipos de barril também são utilizados, incluindo mizunara, carvalho branco americano e cascos de xerez.

Hibiki Harmony têm um equilíbrio e pureza excepcional de sabor, normalmente caracterizado por um sabor frutado perfumado, sensação suave na boca e acabamento limpo. Este novo whisky é embalado na mesma garrafa bonita de estilo decanter que vale a pena manter depois que você terminar o conteúdo.


HIBIKI HARMONY, 43%

Nariz: sedutor aroma de damascos, flor de laranjeira e marmelada, reforçado também pelo tempero sutil de canela e cravo. Elegante e sedutor.
Paladar: o frutado generoso continua no palato, com laranjas e damascos em abundância. Há um pouco de tempero picante, mas a fruta macia e suculenta toma conta. Bom equilíbrio e bem trabalhado.
Final: o picante assume a partir do frutado e perdura, juntamente com um pouco de amadeirado.

Bem jovem em comparação com engarrafamentos mais velhos do Hibiki, mas mantém o caráter clássico macio, elegante, de flor de laranjeira e generoso frutado, com um pouco de tempero para facilitar as coisas.


O apreciador estará recebendo muito whisky pelo que pagará. Então, a ordem é esquecer qualquer preconceito que se possa ter sobre engarrafamentos NAS. Esta é uma bebida encantadora e que vale a pena.


Fonte: thewhiskyexchange.com