Whisky

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quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Apresentação da última edição limitada de Johnnie Walker Blenders' Batch Whisky


Johnnie Walker, a marca número 1 em whisky adicionou uma novidade à série Blenders' Batch: Johnnie Walker Blenders' Batch Sherry Cask Finish.

Os whiskies da série Blenders' Batch são o resultado de mais de uma centena de experiências em curso que oferecem sabores únicos e incríveis. O Sherry Cask Finish é o sétimo lançamento desta série e o primeiro a ser lançado exclusivamente no varejo de viagens.

Por trás dessa série há uma pequena equipe de 12 pessoas especializadas que provam que podem explorar os limites do que é possível extrair de sabores para a criação de um blend.

Por mais de cem anos, o icônico Johnnie Walker Black Label foi elaborado com um elemento de maturação em barris de xerez. Tirando inspiração disso, e conduzido pela busca do sabor, este novo whisky foi amadurecido em barris de xerez, aumentando os sabores frutados para criar uma bebida excepcionalmente rica e doce.

Criado com whiskies de destilarias como Blair Athol, Cardhu e Strathmill, o Sherry Cask Finish, de 12 anos de idade, é um whisky escuro com sabores suaves, notas de baunilha doce, fumaça, passas e um acabamento aquecedor de chocolate escuro.

Será um lançamento especial exclusivo para os viajantes. Não se conseguirá por as mãos neste whisky em qualquer outro lugar, tornando a compra perfeita para os viajantes que querem provar algo realmente especial.


Segundo pesquisas, os viajantes estão à procura de marcas que tenham descobertas, autenticidade, artesanato e histórias humanas reais atrás delas. Com base nisso a Johnnie Walker quer oferecer um vislumbre do mundo em constante mudança na exploração de sabor.


Fonte: whiskyintelligence.com

sábado, 27 de janeiro de 2018

Desvendando nº 60: Dimple 15 Anos


O Dimple foi lançado com sucesso notável em 1890 e seu blend possui mais de 30 whiskies, incluindo alguns raros das reservas colecionadas pela Diageo dos maltes Highland mais envelhecidos. Apesar de sua história longa e distinta, a marca quase nunca é vista no reino Unido. É vendida principalmente na Coréia, Grécia, Alemanha, EUA e México.

John Haig deu início às atividades da família no ramo das bebidas em 1627. Há registros de destilação na fazenda da família datando desse ano. A família Haig foi unida pelo matrimônio à família Stein, que também trabalhava com bebidas e fundou uma grande destilaria de grãos em Cameronbridge, em atividade até hoje.

A garrafa característica dessa marca deluxe foi introduzida por George Ogilvy Haig em 1893 e se destaca pela rede de arame colocada à mão em volta da garrafa, projetada para evitar que a rolha se soltasse em climas quentes ou durante transporte marítimo.


O decantador singular de três lados amassados foi a primeira garrafa de três lados registrada como marca nos EUA, embora a empresa só tenha feito o pedido de registro em 1958. Neste mercado, o whisky é vendido com o nome de Pinch.

O que pude perceber:
Características: cor dourada, médio corpo.
Aroma: malte, caramelo, baunilha, um pouco de whiskies de grãos, mas bem no fundo, quase imperceptível. Diria até que há uma proporção maior de whiskies de malte do que whiskies de grãos neste whisky. Amêndoas, uvas passas e um ligeiro amadeirado. Há um pouco de condimento, de especiarias, um leve apimentado. Frutado e floral se misturam e dá para sentir algo de gramíneas. Não há a percepção de álcool. Aroma bastante agradável. Sente-se também um pouco de chocolate ao leite. Com um pouco de água os aromas evidenciados são malte, baunilha, chocolate e amadeirado. Em seguida, frutas, passas e especiarias. Nada de álcool e nada de defumado. Há uma profusão de aromas, vários aparecendo ao mesmo tempo e ainda assim, de uma forma bem equilibrada. Aparece também um toque herbal, algo como grama molhada. Com uma pedra de gelo um pouco de defumado, menta e terra molhada. Malte fresco. Os cereais somem. Frutas frescas, chocolate e baunilha.
Paladar: amêndoas, malte, apimentado. O calor preenche a boca. Depois vem um frutado, de frutas secas. Há um floral, um pouco de cereais. Novamente não há o álcool. O calor e o pouco de dormência sentido na boca provém das especiarias. A finalização é média e quente. Com um pouco de água ficou mais suave, mais frutado, agora puxando um pouco para frutas cítricas, maçã e pera também. Aparece um leve apimentado e desta vez, um toque defumado é sentido, na finalização, como que fazendo um fundo. Tudo muito harmonizado. Também nada de álcool é sentido. Por fim, aparecem um pouco de whiskies de grãos para dar um tom um pouquinho amargo, mas nada que prejudique a bebida. Com uma pedra de gelo, baunilha, chocolate ao leite e especiarias. Um toque defumado no final, que agora está mais curto.


Eu diria que é um whisky que atende a todos os requisitos de aromas e sabores esperados para uma bebida envelhecida por 15 anos. Surpreende como faz isso de forma bem equilibrada, sem nenhuma nota se sobressaindo sobre outra. Bastante agradável e fácil de beber das três formas apresentadas: puro, com água e com gelo. Neste whisky, há uma proporção maior de whiskies de malte do que whiskies de grãos, o que deixa a bebida com um sabor melhor apurado.

Há tempos ouvia falar sobre este whisky e todas as referências que eu consultava falavam muito bem dele. O que me fazia pensar: será que é isso tudo mesmo? A resposta: é um whisky muito agradável, bem equilibrado e complexo. Por outro lado, fácil de beber e muito prazeroso. Então, é.

Se fosse um pouco mais barato seria um ótimo companheiro para o dia a dia. Porém seu preço não está nada convidativo. Uma pena.




Dimple 15 Anos

Blend Teor Alc 40%


Neste blend há toques defumados, de chocolate e cacau, completados com um final longo e rico.

sábado, 20 de janeiro de 2018

Desvendando nº 59: The Glenlivet Founder's Reserve


A suposta resistência local contra a Glenlivet ocorreu porque ela foi a primeira destilaria da área a adquirir uma licença, em 1824. A destilaria original ficava no alto do monte Gallow, na fazenda Upper Drumin. A família Smith havia arrendado a fábrica em 1783, e no início da década de 1810 ela estava sendo administrada por James Smith e seu sobrinho George. Esse fazendeiro granjeava a maior parte de sua renda com a destilação ilícita. No entanto, a aprovação do Excise Act de 1823 coincidiu com o término do arrendamento da Drumin, e, consequentemente, George foi convencido pelo capataz das propriedades a adquirir uma licença.


Seus vizinhos ficaram horrorizados, pensando que seu sustento estava ameaçado, e passaram então a recorrer a meios terroristas contra o pioneiro e sua família, chegando até a tentar queimar sua destilaria. George, então, andava sempre armado com um par de pistolas prontas para uso, mas conseguiu evitar incidentes. Hoje, essas armas estão em exibição no centro de visitantes da Glenlivet.

A Glenlivet de Smith prosperou. Por volta de 1880, se uma destilaria inserisse um “Glenlivet” em seu nome, não importa quão distante estivesse, podia pedir um preço maior. Uma longa ação judicial acabou por decidir que o Glenlivet de Smith podia ser chamado “The Glenlivet”, mas outros, incluindo o Glen Elgin e o Glen Moray, tinham apenas a permissão de usar um sufixo Glen-Livet, o que muitos fizeram até data relativamente recente.


A atual destilaria tem uma aparência quase brutal. Por dentro, é tão moderna quanto qualquer outra destilaria da Escócia. O whisky manteve algumas das características que lhe deram sua reputação no século XIX, é carregado de acentos de maçã e de flores. Responsável pelo malte mais vendido na América desde a década de 1970, a Glenlivet foi comprada pela Seagram's em 1978, e depois pela Chivas Brothers em 2001. Recentemente, a destilaria expandiu sua gama com um sublime malte de 18 anos, e tem explorado acabamentos em diferentes madeiras, lotes de safras especiais e de barril único. Possui a capacidade de produção de 10 milhões de litros de whisky por ano e é o segundo single malt mais vendido no mundo.

A Glenlivet usa cevada maltada não turfosa e sua água fria, sem sais, é extraída de Josie's Well acima da destilaria. Uma proporção de tonéis de xerez é usada para maturação, mas o xerez não domina o malte final. É muito utilizado nos blends Chivas Regal e Royal Salute.


O que pude perceber:
Características: palha dourada, pouco corpo.
Aroma: malte, baunilha, madeira, caramelo. Seco, terra molhada. Dá para sentir que é um whisky novo, não muito envelhecido, meio bruto ainda, faltando um pouco de trabalho nele para arredondar arestas. O álcool não é predominante, mas incomoda um pouco no final. Bastante floral, também uma nota herbácea pode ser percebida. Aromas de frutas também são notados. A adição de um pouco de água realça o aroma do malte, da baunilha, do floral e do caramelo. O álcool agora some dando a sensação de ter ficado mais sedoso.
Paladar: dá para perceber resquícios do cobre dos alambiques, talvez pelo pouco tempo de maturação a madeira não tenha conseguido retirar estes sabores. Frutado e amadeirado. Depois vem um doce, baunilha, caramelo. Em seguida, um pouco mais de frutas, pera e maçã, finalizando de forma bastante suave, seca, mas não muito longa. O álcool também aparece um pouco no final, com um pouco do sabor de malte. Com um pouco de água evidencia malte, frutas e baunilha. O final, desta vez, é amadeirado, suave e sem álcool.

Whisky que veio para substituir a versão de 12 anos da Glenlivet que, até então, era o carro-chefe da destilaria. Utiliza barris de carvalho branco americano de primeiro uso para tentar arredondar o sabor, além de barris de xerez com pouca influência. Apesar de ser um whisky honesto, na minha opinião não está à altura para esta substituição. Por outro lado, se não há o que fazer, temos que admitir que é um bom whisky de entrada para o mundo do single malt e irá agradar àqueles que querem adentrar este mundo. Para os mais experientes, espera-se sempre um pouco mais e este whisky pode parecer sem graça e ficar devendo.

Quando foi lançado, era um ótimo custo x benefício. Hoje os preços dispararam e não fazem dele uma boa opção em termos de custo.




The Glenlivet Founder's Reserve
Single Malt Speyside
40% Teor Alc


Aromas delicados de frutas cítricas, notavelmente laranjas doces. No paladar, doce, notas de laranjas e peras com um toque adocicado de maçã. Um bom balanço entre o sedoso e o cremoso.

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

A garrafa infinita: misturando whisky em casa


Misturar whiskies é difícil. Para os Master Blenders, são necessários anos de treinamento para aprimorar suas habilidades, trabalhando lentamente através das fileiras incontáveis de garrafas para assumir a criação de novos whiskies. No entanto, isso não impede que se tente sozinho, em casa. Uma das maneiras mais fáceis de examinar essa faceta do mundo da criação de whisky é fazer a própria garrafa. Melhor ainda, uma garrafa infinita, que nunca se esvazia, sempre que fica com o nível baixo, completa-se com mais whisky.

Atualmente, possuo um barril de carvalho (mas pode ser uma garrafa como sugerido no início do texto) com combinações diferentes em movimento. Tenho um caderno listando tudo o que adicionei nos últimos dois anos. Sempre que eu gosto de um determinado whisky, adiciono uma pequena porção da minha coleção de garrafas abertas. Lentamente estas misturas se movem na direção de se tornar o meu whisky ideal.

No entanto, como em tudo, existem algumas regras a seguir:

COMEÇANDO…

Há dois métodos:

1. Começar com uma garrafa de whisky conhecida e com preço razoável. Depois, adiciona-se outros whiskies conhecidos e do gosto pessoal. Isso dará uma boa base e permitirá que se desenvolva sabores com os quais já se conhece.

2. Começar com uma mistura aleatória de possibilidades, de preferência aqueles whiskies que já estão abertos há um bom tempo e que possuem uma quantidade pequena na garrafa. Lembrando que, uma vez aberta a garrafa, o whisky não dura para sempre.

Enquanto o primeiro método cria um whisky mais confiável e decente, o segundo método proporciona uma satisfação maior com o trabalho subsequente para polir arestas e ajustar a bebida.

TER UM PLANO ANTES DE ADICIONAR QUALQUER COISA

Adicionar qualquer whisky antigo em sua garrafa infinita provavelmente não vai fazer a melhor mistura. No entanto, alguns minutos de pensamento sobre onde se quer chegar pode ajudar a fazer escolhas sensatas. O whisky está muito seco? Adicione algo doce. É muito pesado? Adicione um pouco de whisky mais leve. Precisa de alguma riqueza? Adicione um whisky sherried. Está muito esfumaçado? Adicione algo não turfado. Decisões simples que podem levar a mistura mais perto do whisky ideal.

TER CUIDADO COM A FUMAÇA

O esfumaçado é um sabor poderoso e deve ser usado com moderação. Para uma demonstração, pegue um copo do seu whisky favorito não turfado e adicione algumas gotas de um whisky pesadamente turfado. Você ficará surpreso com o quão pouco é preciso adicionar antes que ele fique bem esfumaçado.

Sempre é possível adicionar um pouco de fumaça ao whisky, mas tirar já fica mais complicado.

NÃO TER MEDO DE EXPERIMENTAR

Quer ver o que acontecerá se adicionar algum bourbon a uma mistura de whiskies escoceses? Continue! Não precisa usar um barril para experimentar, mas numa garrafa, por que não? Pode ser excelente e valer a pena testar. No meu barril não faço isso, mas tenho uma garrafa de restos de whisky. Para ela, tudo vai. Contém whiskies de todo o mundo. Não feche as fronteiras da bebida.

EXPERIMENTAR, EXPERIMENTAR E EXPERIMENTAR NOVAMENTE

O objetivo de se ter uma garrafa infinita é explorar os sabores do whisky. Certifique-se de prová-lo regularmente. Não só para ver como o whisky muda lentamente à medida que os componentes se casam (o whisky é uma mistura complexa de compostos e eles demoram para se acalmar), mas também para liberar espaço para o próximo whisky a ser adicionado.


Boa sorte e sua garrafa infinita nunca será esvaziada.


Adaptação: blog.thewhiskyexchange.com

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Diageo completa 20 anos


Em 17 de dezembro de 2017, a Diageo chegou aos 20 anos. Para comemorar este marco, está destacando momentos memoráveis desde que foi formada em dezembro de 1997. O ano de 1999 marcou o lançamento da icônica campanha "Keep Walking" de Johnnie Walker que transformou a marca à medida que foi lançada globalmente.

Em 1999, Johnnie Walker lançou 'Keep Walking', a primeira campanha publicitária global da marca. Este novo posicionamento transformou Johnnie Walker em líder global e viu a marca crescer em força. A campanha pioneira viu o famoso ícone de Striding Man de Johnnie Walker mudar de direção para parecer avançar, e foi lançado em todos os mercados ao redor do mundo.

O primeiro anúncio de TV "Keep Walking" estrelou Harvey Keitel e foi exibido pela primeira vez em 1999.

Primeiro criado em 1908, o Striding Man tornou-se um dos ícones de marca mais reconhecidos do mundo e simboliza o progresso para todos aqueles que gostam de Johnnie Walker.

Até hoje, Keep Walking usa a metáfora de uma jornada para entregar histórias reais de conquista. Ele inspira as pessoas a pensar em sua própria jornada de progresso - e fazer algo sobre isso.

Como a maior marca de whisky do mundo, Johnnie Walker e seu slogan foram adotados e abraçados em todos os lugares, como um grito de progresso, como encorajamento na adversidade, como uma expressão alegre de otimismo e como o melhor conselho que você provavelmente já ouviu.


Fonte: whiskyintelligence.com


domingo, 14 de janeiro de 2018

Whiskies turfados

Neste artigo, saiba mais sobre a fabricação de whiskies turfados. Uma visão geral de como estes whiskies, que cada vez mais estão caindo no gosto dos apreciadores, são produzidos. E nada melhor do que aprender sobre whiskies turfados com a destilaria que produz os whiskies mais turfados do mercado: Bruichlladich e seu Octomore.



COMO OS NÍVEIS DE TURFA SÃO MEDIDOS?

Como seres humanos, somos bastante sensíveis à turfa e podemos detectar sua presença fumegante, carnuda e deliciosa em níveis muito baixos. Mas o que estamos sentindo não é realmente turfa, são os compostos químicos chamados fenóis que são liberados quando a turfa é queimada. Existem muitos fenóis diferentes, além disso, cada um criando sabores ligeiramente diferentes, como o guaiacol, fumegante e carnoso ou o cresol mofado e medicinal.

Os níveis de fenol são medidos em PPM (Partes por milhão). Esse número é medido a partir da cevada maltada (o material seco pela turfa ardente) e não o espírito final. Então, você não está bebendo 309 ppm quando você bebe um Octomore 8.3, mas a cevada com a qual o whisky foi feito originalmente atingiu esse nível.

Por que não se mede o PPM no whisky? É um padrão da indústria falar sobre fenol no malte, não no espírito, porque o último muda e há muitas variáveis. Além disso, mesmo as medidas de cevada podem ser enganosas, devido ao fato de que existem cerca de seis métodos diferentes de fazê-lo e a indústria está brigando para a adoção de um método único.


QUAL TIPO DE TURFA?

A turfa é uma fonte de combustível barata e conveniente. Atualmente, os destiladores podem escolher a sua turfa, dependendo do efeito desejado, porque diferentes tipos de turfa, que podem ser aquelas mais altas ou mais baixas na camada de turfa ou de partes variadas do país, tem diferentes efeitos sobre a cevada.

COMO TURFAR A CEVADA?

A maioria das destilarias e empresas que produzem cevada maltada turfada para fabricação de whisky usam o método tradicional: queimam a turfa por cerca de 25 horas, depois secam a cevada com ar quente impulsionado por um ventilador.

A Destilaria Bruichladdich, no entanto, trabalhou bastante para evoluir o processo e produzir muito mais turfa na cevada maltada do que normalmente pode ser produzida. O segredo do whisky Octomore é que a fumaça impulsionada é fria, e este processo é feito por cinco dias. O truque é fazer com que a fumaça não aqueça. Se a cevada aquecer e secar, ela não absorverá mais conteúdo fenólico. Além disso, foram desenvolvidas duas técnicas-chave para alcançar seus objetivos: reciclar a fumaça para que ela passe mais de uma vez através do grão e pulverizar o grão com água (o suficiente para que ele não volte a crescer) para que mais fumaça possa impregnar-se.

Apesar dessa diligência e inovação, na verdade não há como saber qual o valor de PPM que a cevada terá até o processo terminar. O PPM muda com base na época do ano, a umidade da turfa e até mesmo a agilidade de quem está colocando o fogo.


COMO SE DESTILA WHISKY TURFADO?

Tendo minuciosamente colocado toda a turfa na cevada, ela parte para a trituração, fermentação e destilação. Fenóis são perdidos durante estes processos. Dependendo da destilação, pode-se perder qualquer coisa entre 60-80% do PPM original. Então, quando o espírito está pronto, ele terá algo em torno de 80% menos de turfa do que quando começou o processo. Tomando como base essa abordagem, isso significa que o Octomore 8.3, na realidade, possui 61.8ppm.

A Bruichladdich não está, no entanto, focada em fazer o whisky de degustação mais gostoso do mundo, mas procura fazer o whisky mais turfado e mais equilibrado possível. A destilaria realmente descarta um grande número de fenóis quando destila, deixando uma proporção maior do que o usual do espírito correr para as "cabeças" (a primeira porção de álcool mais alta que sai do alambique, e que é sempre redestilado). Ao sacrificar esses fenóis, cria-se um whisky mais equilibrado e que tem mais a oferecer do que uma fumaça fortemente robusta.

COMO O WHISKY TURFADO ENVELHECE?

A equipe de Bruichladdich escolhe não adicionar água a Octomore antes que ele seja embarrilado para que o whisky não tome muita influência do barril nos primeiros anos. Além disso, o Octomore também é sempre engarrafado na força do barril, porque os óleos são mantidos juntos em maior resistência e preservam os sabores e as nuances do whisky. Assim que se adiciona água ao whisky os fenóis se abrem e torna-se muito mais esfumaçado, embora os sabores também desapareçam rapidamente.


ATÉ ONDE PODE CHEGAR A TURFA NO WHISKY?

Em poucos anos, os whiskies de Octomore aumentaram dos 80 ppm iniciais para 309 ppm. Existe um limite superior? Certamente, não existe um número concreto, mas há muitas barreiras para novos progressos, incluindo os limites físicos de quanto a cevada pode absorver.


Fonte: blog.thewhiskyexchange.com